VIÑA DEL MAR: A CIDADE-JARDIM DO CHILE



Igreja Nossa Senhora dos Dolores, reinaugurada em 1912, após um terremoto.


Carruagem (Victoria) em frente à Plaza José Francisco Vergara.



O Teatro Municipal.


A estátua La Defensa, de Rodin, em frente ao Palacio Carrasco.

O Palacio Carrasco.



A fachada do Palacio Carrasco.

A entrada do Museo Fonck.



Será que os dançarinos de Rapa Nui não sentiram frio??? Era inverno! Estamos em frente a um dos raros moais retirados da Ilha de Páscoa. O moai fica ao lado do Museo Fonck.


O moai de perfil.


Parada em Roca Oceánica, com vista do Oceano Pacífico e de Reñaca.


Andando por entre pedras e admirando o Pacífico (Roca Oceánica).


Roca Oceánica.


As pedras dão um visual e tanto.


Andar por entre as pedras aqui é super legal e as fotos ficam show.

Mirador Roca Oceánica.



Os lobos-marinhos são uma das atrações de Viña del Mar.


Vemos, ao longe, os prédios em forma de degraus na Praia de Reñaca.



Apreciando a paisagem de Reñaca ao fundo.


O restaurante Los Pomairinos, todo decorado com plantas e flores, é uma das boas opções em Reñaca.


Fachada do restaurante Los Pomairinos.


No inverno, os banquinhos de Reñaca estão sempre vazios...



...já que a praia fica deserta. No verão, você encontra um cenário totalmente diferente.



O balneário viñamarino exibe lindas avenidas cheias de palmeiras.



Em frente ao Hotel del Mar. Daqui é possível avistar dois castelos: Wulff (ficou escondido, ao fundo) e Brunet (fica mais distante, não daria para aparecer neste ângulo). Clique aqui para ver uma foto (da Wikipedia) do Castillo Wulff. E, aqui, para ver o Castillo Brunet (da Wikimedia).



Hotel del Mar.
Viña del Mar goza da fama de ser o resort luxuoso do Chile. O Hotel del Mar está à altura.


Hotel del Mar.


Fachada do cassino de Viña del Mar.


Rua do cassino de Viña del Mar. 


Castillo Brunet visto perto do cassino de Viña del Mar.



Praça que cerca o cassino.









Fachada do Hotel Sheraton, em Viña del Mar.
Uma das ruas de Viña del Mar.



O Relógio de Flores (Reloj de Flores), principal cartão-postal de Viña del Mar.



Viña del Mar é uma cidade litorânea, banhada pelo Pacífico, a apenas uma hora e meia de carro (a 120 km) de Santiago do Chile. Recheada de praças, jardins e ruas arborizadas, ela não poderia receber outro apelido senão Cidade-jardim (Ciudad Jardín). Mas ela também é conhecida como a Capital Turística do Chile, pois recebe inúmeros visitantes atraídos por sua beleza e status de chique. As praias de Viña del Mar também muito contribuem para seu sucesso turístico. São treze ao todo, sendo que a mais famosa é a de Reñaca. Tão famosa que ganhou um bairro, o mais popular. No verão, Reñaca fica cheia e animada, por isso, a oferta de restaurantes e hotéis nessa região é grande. É a época da alta temporada. Em fevereiro, o Festival Internacional da Canção é só um ingrediente a mais para fazer a cidade entrar em ebulição.

Entretanto, não foi o verão de Viña del Mar que me atraiu para lá. Eu a conheci no inverno, pois escolhi visitar o Chile em julho para ver Valle Nevado literalmente nevado e a todo vapor. Fiquei hospedada em Santiago porque Valle Nevado fica a somente cerca de uma hora e meia de distância. Para falar a verdade, não estava nos meus planos conhecer Viña del Mar nem Valparaíso no inverno. No lugar delas, queria visitar Portillo para apreciar a neve. Mas o guia que nos levou a Valle Nevado nos convenceu que seria melhor ir a Viña e Valpo (apelido de Valparaíso) porque a viagem Santiago-Portillo-Santiago leva aproximadamente seis horas de carro (três horas para cada lado), ou seja, aproveita-se pouco do visual da estação de esqui. Além do mais, a Laguna del Inca fica congelada no inverno, então, não seria possível ver aquele lindo lago de cor esmeralda, servindo de espelho para as montanhas que o cercam. Portanto, deixei para incluir Portillo nos meus próximos planos de férias de verão e segui o conselho do guia.

Por ser um interessantíssimo destino turístico, Viña del Mar faz parte dos tours mais vendidos pelas agências de viagem em Santiago, que geralmente a oferecem com sua vizinha Valparaíso (Patrimônio Cultural da Humanidade), já que as duas cidades são pequenas. Para quem dispõe de poucos dias na capital chilena, mas não quer sair do país sem, pelo menos, sentir o gostinho das duas, a dobradinha cai muito bem, mas, acredite, essa dobradinha é só um aperitivo.

Viña del Mar e Valparaíso, apesar de estarem tão próximas, têm características bem diferentes, cada uma com seus encantos. Como eu gosto de me servir bem de cada lugar que visito, cheguei da excursão um tanto insaciada. Com certeza, deixei de fazer belos passeios que consumiriam, pelo menos, um dia em cada cidade. Ao terminar de ler sobre o que fiz e deixei de fazer em Viña del Mar, você entenderá por que eu recomendo que as duas cidades sejam visitadas em dias separados, de preferência, pernoitando em uma delas para cortar a distância que as separam de Santiago. Mas só se você dispuser desse tempo. Caso contrário, a dupla no tour bate-volta é a melhor opção. Eu fui com a Vips Travel e o passeio custou 65 dólares por pessoa (Também oferecem tour privado, mas o valor aumenta, podendo, entretanto, valer a pena. Valor em 2010.). Éramos sete pessoas numa van muito confortável: eu, meu marido, mais três turistas (brasileiros), o motorista e o guia (chilenos). Aqui descrevo só o que vimos em Viña del Mar, que, aliás, foi o nosso primeiro destino desse tour duplo de um dia. Valparaíso está nesta postagem.

Antes de fazermos a primeira parada em Viña de Mar, já tinham passado pelas janelas de nossa van a Igreja Nossa Senhora dos Dolores (mais conhecida como Paróquia de Viña del Mar), a Plaza José Francisco Vergara e o Teatro Municipal. Deixar de visitar uma igreja (já tenho uma lista enorme na bagagem), para mim, não foi problema. Quanto ao Teatro Municipal, claro que teria sido interessante conhecê-lo por dentro, mas, como já conheço o do Rio de Janeiro, que é lindo demais, não me decepciono se não tiver a oportunidade de conhecer outro. Contudo, ter deixado para trás a Plaza José Francisco Vergara, com aquela carruagem (chamada de Victoria) em frente, disponível, como se estivesse me convidando para uma volta pela região, doeu um pouco no peito. Afinal, estava ali, diante de meus olhos, um verdadeiro cartão-postal de Viña del Mar.

A primeira parada só ocorreu ao lado do Palacio Carrasco (estava fechado, aparentemente, em obras por causa do terremoto de fevereiro) para tirarmos fotos de sua fachada e da bonita estátua La Defensa, de Rodin, que fica em frente. A poucos passos do palácio, fica o Museo Francisco Fonck—o principal museu sobre a Ilha de Páscoa—que abriga exposições sobre a cultura Rapa Nui. Tempo para visitá-lo, não havia. O motivo principal para desembarcarmos naquele local era o moai original da Ilha de Páscoa (retirado de lá em 1953), que fica ao lado do Museo Fonck. Isso mesmo, o moai na foto deste post é um dos raros que saíram da ilha. Então, essa parada no tour é obrigatória, mesmo que você não tenha tempo de conhecer a coleção do museu. Tivemos a sorte de chegarmos ali durante a apresentação de uma dança típica de Rapa Nui e foi inacreditável ver os dançarinos em trajes mínimos naquele dia frio de inverno.

A segunda parada foi em Concón, na Roca Oceánica, num ponto onde era possível ver, ao longe, a Praia de Reñaca com seus prédios em forma de degraus construídos nas encostas dos morros. A praia de Reñaca, apesar de deserta no inverno, é convidativa para uma caminhada por seu calçadão, principalmente no trecho dos tais prédios. Mas não tivemos tempo para esse tipo de programa. Se eu já não tivesse visto em fotos os prédios típicos dessa praia, eles nem teriam me chamado a atenção de tão distantes que estavam de nossos olhos. Acho que eu era a única pessoa da excursão que sabia do belo passeio que estávamos perdendo.

Voltando a falar sobre a Roca Oceánia, que é visita obrigatória, ali andamos por entre rochas e subimos em algumas delas para ter uma melhor visão do belo cenário que nos cercava, do qual faziam parte o mar do Pacífico e Reñaca. Depois, fomos apreciar outro tipo de paisagem: os lobos-marinhos esparramados em cima de algumas rochas. Como eu já tinha visto milhares de lobos-marinhos em Punta del Este (na Isla de Lobos), aquele encontro com “alguns” deles não foi espetacular, mas foi muito legal.

A terceira parada do dia já foi para o almoço. O guia nos levou para Los Pomairinos (Av. Borgoño 14890), um aconchegante restaurante em Reñaca, de frente à praia, cujo cardápio aprovaram todos. Foi lá que eu comi o melhor salmão da minha vida! Já o meu marido experimentou um peixe típico do Chile chamado congrio. Assim como o salmão, não tinha nenhuma espinha e estava uma delícia. E ainda pudemos pagar a conta com dólares, coisa rara no Chile. Nem nas lojinhas do aeroporto de Santiago eu consegui comprar alguma coisa com dólares. Só aceitam pesos chilenos. O único problema do restaurante foi que eles demoraram a trazer nossa comida. E isso contribuiu para que nossas próximas visitas fossem ainda mais corridas, principalmente em Valparaíso.

Depois do almoço, seguimos para o Casino de Viña del Mar, nossa quarta parada. Antes de entrarmos no cassino, tiramos fotos da paisagem em frente ao cinco estrelas Hotel del Mar, que é acoplado ao cassino. A construção nova do hotel é anexada à antiga do cassino. Uma junção interessante. Aliás, percebi que, no Chile, há uma tendência em querer preservar prédios históricos. Não é raro vermos por lá complexos arquitetônicos resultantes da combinação do antigo com o moderno. Em Valparaíso, por exemplo, há um magnífico prédio nesse estilo, que é a Companhia SudAmericana de Vapores (CSAV).

O Casino de Viña del Mar é muito bonito, mas se você já conhece alguns cassinos, sugiro não perder muito tempo ali. Prefira andar pela pitoresca praça que o cerca. Foi o que eu fiz, apesar de o tempo ter sido curto. O guia logo nos chamou para entrarmos na van, pois ainda iríamos para Valpo. Mas não antes de vermos o Relógio de Flores (quinta e última parada), outro símbolo de Viña del Mar. A atração, que data de 1962, deu as boas-vindas ao mundial de futebol que ocorreu no Chile. Quase em frente ao Relógio, fica o hotel cinco estrelas Sheraton Miramar.

Então, deixamos Viña del Mar e fomos bater na casa de sua vizinha, Valparaíso, a somente 9 km. Ah, mas quantas coisas eu estava deixando para trás! Entre tantas, o passeio na carruagem, o calçadão da praia de Reñaca, o Castillo Wulff e o seu Museu do Mar, o Parque Quinta Vergara, os cafés da Av. San Martín, as galerias da Av. Valparaíso, a caminhada pelas avenidas Peru e Libertador Bernardo O’Higgins, o pôr-do-sol no Muelle Vergara... Sem dúvida, essa linda cidade à beira-mar deve ser curtida em, pelo menos, dois dias. Um dia dá até para saboreá-la, mas meio-dia só serve para fazer você ficar com mais água na boca.

Notas:

— Viña del Mar originou-se a partir da junção de duas fazendas onde se plantava uva.

— No caminho para Viña del Mar, você verá na estrada hectares de parreiras, inclusive uma pequena parte da plantação dos vinhedos da Concha Y Toro.

— Por ser uma cidade de praias, Viña del Mar é mais bem aproveitada no verão, na alta temporada (dezembro a fevereiro), quando recebe vários eventos como o Festival Internacional da Canção (Festival Internacional de la Canción) de Viña del Mar. A cidade fica cheia, mas muito animada. No inverno, ela fica vazia, mas, se o dia não estiver chuvoso e frio, vale a pena sair de Santiago para fazer essa side trip.

— Quem prefere se hospedar num hotel clássico, o mais famoso é o Hotel O’Higgins (Plaza Vergara), de 1933.

Sites de interesse:


http://www.visitevinadelmar.cl/

Data desta viagem: 27/07/10

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Regina, adorei seu post. Eu estava certa de que ía conhecer Vina Del Mar em agosto, pois quero esquiar no vale nevado, então me disseram que nessa época Vina Del Mar não é bonita porque não se vê as flores que embelezam a cidade.Você com seu post me incentivou a não alterar a data da viagem.
Ouvi falar que nas vinículas não se vê beleza nos vinhedos porque a vegetação está seca. É verdade?

Regina Helena disse...

Olá! Viña del Mar é um balneário, então, com certeza, é mais alegre e bonita no verão. E deve ser mais florida também (não vi muitas flores mesmo não). Mas a cidade é interessante de se visitar em qualquer época do ano. Se você escolher um dia sem chuva, vale a pena visitar Viña del Mar, sim. Eu gostei muito de lá, apesar de a cidade ficar vazia por causa da baixa estação. Se você tiver tempo, fique um dia inteiro. Quanto às vinícolas, eu não visitei nenhuma, pois não é um programa que me interessa muito. Mas, na estrada, no caminho para Viña del Mar, vi vastos parreirais e não pareciam secos não. Mas, enfim, sua intenção e objetivo principal é ir a Vale Nevado, não é? Esse lugar sim é lindo no inverno! Você já conhece? Então, os outros lugares próximos que você for visitar serão só um "extra" e, assim sendo, valem a pena mesmo sendo no inverno. Vá também a Valparaíso. Ah, aproveitei e incluí mais algumas fotos. Abraços e boa viagem!