RIO SCENARIUM: UMA BOATE DENTRO DE UM MUSEU

Seja bem-vindo a esta casa que vou lhe apresentar agora. Faça de conta que eu sou a anfitriã. Então, lá vai a estorinha:

"Por favor, entre por esta porta aqui e pode subir por aquela escadaria para o segundo andar onde está reservada a sua mesa. Ah, sim, gostou do painel com os guarda-chuvas coloridos? Pode fotografar à vontade. Gostou do samba também, né? Essa banda é formidável. Se quiser, do segundo andar você também pode assistir ao show. Mas depois desça para dançar junto ao palco, que é mais animado. Vamos agora, então, à sua mesa? É por aqui... Ah, eu sabia que você iria parar aqui em frente antes de se sentar. Talvez esta seja a parede mais fotografada da casa. São tantos relógios antigos, né? Mas você ainda não viu nada. Há muito mais objetos antigos espalhados pela casa. Esta casa é um verdadeiro antiquário. OK, aqui está a sua mesa e o menu da casa. Temos excelentes drinks e petiscos e um de nossos garçons terá o maior prazer em lhe servir. A propósito, esta mesa está de seu agrado? Se preferir um lugar mais reservado e mais distante da música, ainda temos mesas disponíveis num salão bem espaçoso neste andar mesmo. Prefere ficar aqui curtindo o som, né? Sem problema. Se você gosta de antiguidades, não deixe de ver nossa farmácia antiga. As carruagens ficam neste andar mesmo, perto dos banheiros, e as rádios dos tempos do onça ficam na saída, em frente aos caixas. Olha só, mais uma informação: lá embaixo tá rolando samba, mas se depois quiser variar, vai ter banda tocando música pop no Salão Anexo,  com pista  para dançar, além de outro bar. Hahaha. Ficou confuso? Relaxe! A noite só está começando!"     


Eu acabo de lhe apresentar o Rio Scenarium e eu criei a estorinha acima para poder lhe mostrar logo de cara tudo que você vai poder aproveitar no local. Ou seja, todo o ambiente escrito é verdadeiro; você só não terá alguém ao vivo para lhe fazer todo aquele acompanhamento e discurso, né? rsrsrs Aliás, passei no meu papel de anfitriã? Sou daquelas que gostam de deixar o visitante a par de tudo para não perder nada de bom. E, aproveitando a brincadeira, vou lhe dizer que não teria sido nada mal se eu tivesse tido todas essas informações assim que entrei no salão do Rio Scenarium, apesar de haver bons recepcionistas na casa. Porque talvez uma pessoa não muito curiosa teria ficado o tempo inteiro no mesmo ambiente sem saber que o Rio Scenarium abriga várias surpresas que precisam ser desvendadas. Por isso, fique logo sabendo que, numa primeira visita, você não deve ficar o tempo todo no mesmo lugar. Circule pela casa toda, observe com calma a decoração de cada ambiente, permita-se um tempo para viajar no tempo com as antiguidades e, é claro, jogue-se na pista para balançar o esqueleto porque dançar sempre fez bem para a alma. 

Mas, afinal de contas, que tipo de casa é o Rio Scenarium? Aliás, casa, não. Casarão. Do século XIX e muito bem restaurado. Bem, já deu para vermos que é uma casa de show e boate, mas, pelas outras descrições, vimos também que o lugar tem jeito de museu ou de antiquário. Pois bem, o Rio Scenarium é tudo isso junto, ou, como eles mesmos se descrevem, é um Pavilhão da Cultura

Já que o Rio Scenarium é um mix de coisas (inclua aí também os bares e restaurante), vou então falar primeiro sobre como ele é como casa de show e boate. Lá os shows são realizados para que ninguém fique parado; o ritmo convida todos para a pista de dança junto aos palcos (no plural mesmo). Dependendo do dia e da programação, há dois shows rolando simultaneamente em ambientes e estilos diferentes. Por exemplo, quando eu fui, numa sexta-feira, uma banda começou a tocar samba e choro no primeiro andar às 20:00. Às 22:30, enquanto ainda rolava o show no primeiro andar, a banda JPG começava a tocar no Salão Anexo hits do rock pop nacional e de MPB, todos ritmos dançantes. Boate com música ao vivo é muito melhor, não é mesmo? E pode haver apresentações de mais de duas bandas no mesmo dia. Por exemplo, nesse dia, a programação contava com cinco shows com músicos/cantores distintos, sendo que o último começava às 3:30 da manhã com forró. Já deu para ver que a diversão no Rio Scenarium vai até tarde da madrugada. Eu fiquei até um pouco depois da meia-noite e tive tempo de me divertir bastante. 

Se o Rio Scenarium é excelente como casa de show, como museu/antiquário também não deixa nada a desejar. Na verdade, a casa abriu em 1999 como um antiquário mesmo, mas em 2001 transformou-se em casa de shows de música brasileira, porém sem deixar de mostrar ao público as relíquias colecionadas ao longo dos anos. Tão interessantes que eu nem sei dizer se gostei mais dos acervos que decoram o interior da casa por toda parte (paredes e teto) ou dos shows. Cheguei lá mais interessada na música e saí encantada com os objetos antigos. Para quem gosta das duas coisas, não deve deixar de conhecer essa casa noturna. Não há como não gostar, seja de uma forma ou de outra.

Entre as mais de dez mil peças de móveis e objetos antigos do Rio Scenarium (informação que consta no site da casa), você vai encontrar bonecas, rádios, espelhos, relógios de parede, porcelana, quadros, lustres, carrinhos de bebê, duas carruagens, televisões, portas de geladeira, brinquedos e até a reprodução de uma pharmácia (com "ph" mesmo porque é antiga) homeopática da década de 30 (só não incluí uma foto aqui porque não ficou boa). Então, apesar do Rio Scenarium não ser classificado como "museu" (é uma casa de show ou "Pavilhão da Cultura"), é isso o que vemos quando estamos lá.   

O ambiente do Rio Scenarium também é ótimo. Não vi nenhuma confusão acontecer, apesar das bebidas alcólicas que são vendidas. Há diversas opções no menu: cerveja, vinho, caipirinhas, tequila, vodka, whisky etc. O que deve colaborar muito para a organização do local é a presença de muitos funcionários, principalmente dos seguranças. Inclusive, sua entrada só é permitida mediante a apresentação de um documento de identificação (com foto), que é devidamente registrado no computador por um dos funcionários que ficam na entrada da casa. Inclusive, eles tiram sua foto nesse momento. Logo em seguida, seus pertences (bolsa, pochete etc.) são revistados para garantir que nada ilícito entre na boate e ponha em risco a segurança dos visitantes. 

Se você mora no Rio de Janeiro e gosta de shows com música ao vivo, não deixe de ir pelo menos uma vez conferir o Rio Scenarium. É considerado uma das melhores boates (se não for mesmo "a melhor") do Rio de Janeiro. Todos os guias de viagem indicam a casa. Eu não a conhecia antes desta visita, mas, após ter visto tantas vezes o local ser citado em revistas e programas televisivos de turismo, inclusive internacionais, eu não resisti à curiosidade. Até o ator Will Smith já arriscou uns passos na casa. Sim, o Rio Scenarium tem excelente reputação internacional e foi eleito em 2006 pelo jornal inglês The Guardian como um dos 10 melhores bares do mundoMas não fique pensando que o lugar é só para turistas. Para falar a verdade, pelo menos no dia em que eu fui, eu vi poucos estrangeiros. E já que estou falando do público do Rio Scenarium, achei muito interessante a presença de várias faixas etárias, desde jovens até a terceira idade. Acredito que isso seja não somente pela fama e a boa música do lugar, mas também pela decoração cenográfica.  


Entrada: Paga (por causa dos shows ao vivo). Não há consumação mínima.  


Menu: Variado. Você pode consultar o menu online, inclusive os preços.

Dica 1: O aniversariante da semana e mais 3 acompanhantes não pagam a entrada se a visita for de terça à quinta. Sexta e sábado, o aniversariante e mais um acompanhante não pagam. Olha aí uma boa oportunidade de conhecer o Rio Scenarium! :-) Mas, como isso é uma promoção da casa, pode ser que não ocorra sempre. Por isso, antes da visita, entre no site e verifique as condições. 


Dica 2: Faça a reserva de sua visita e não deixe o tempo dela expirar. Caso contrário, dificilmente irá encontrar mesa disponível, ainda mais se for final de semana. Quando chegamos ao Rio Scenarium, já tinha uma fila grande na entrada, mas não precisamos ficar nela porque tínhamos nossa reserva feita por telefone. A recepcionista só confirmou nossos nomes na lista e entramos direto. As mesas ao redor do palco no primeiro piso esgotam rapidamente e são consideradas as melhores, mas se preferir ficar um pouco mais afastado da "bagunça" (no bom sentido), o segundo andar pode ser uma ótima opção. Quando eram mais ou menos 23:00, a casa já estava bem cheia e quem não fez reserva teve que ficar em pé. 

Localização: No centro antigo da cidade, na Rua do Lavradio, próximo à Lapa. 

Dica 3: A Rua do Lavradio, que conta com antiquários, é famosa pela feira de antiguidades (Feira Rio Antigo) que abriga todo primeiro sábado de cada mês. Se esse tipo de feira é a sua praia, vá conhecê-la. Ela é conferida por turistas e locais. Já escrevi sobre essa feirinha no blog, AQUI e AQUI.  



Acesse o site do Rio Scenarium para ver horários, preços e programação musical.


Assim que você entra no Rio Scenarium, você percebe a decoração diferenciada. Os guarda-chuvas coloridos chamam logo a atenção. 


Este é um dos ambientes do Rio Scenarium do segundo andar. Em vários, há mesas com serviço de restaurante e bar. Na casa, você sempre está cercado de exposições de antiguidades. Atrás de mim, por exemplo, as cristaleiras estão cheias de relíquias e há duas carruagens ao fundo.


Muitos objetos antigos ficam expostos nas paredes do Rio Scenarium. Aqui, por exemplo, ficam peças de mobília de época.


E aqui os carrinhos de bebê.


Conforme informa a identificação da peça: Carruagem Vitória, do século XIX. 


Alguns dos objetos antigos dentro das cristaleiras.  


A coleção de relógios de parede antigos no Rio Scenarium.


E sofá e mesas debaixo da exposição de relógios. Ou seja, no Rio Scenarium, você está num restaurante e numa boate dentro de um antiquário/museu.


Outro ambiente do segundo andar da casa noturna Rio Scenarium. Objetos vintage por todos os lados.


    Comemorando meu aniversário no Rio Scenarium. As mesas do primeiro andar costumam ser as mais concorridas porque é lá que fica o palco do show de samba, pagode etc. Mas eu particularmente gostei mais do segundo andar (onde estou agora) porque você consegue conversar sem muito barulho, mas ainda ouvindo  música. E nada impede de você descer e dançar quando quiser. Você fica livre para circular pela casa. Só avise ao garçom que você não abandonou a mesa e que não está indo embora porque a uma certa hora a casa fica lotada e aqueles que não conseguiram mesa só ficam esperando a primeira oportunidade.


Pouco depois que chegamos, fui dar um giro pela casa para conhecer os diferentes ambientes do Rio Scenarium. Então, encontrei este salão onde mais tarde aconteceria show de música pop nacional. À esquerda, ao fundo, o palco. Aqui também há um bar para atender o público daqui. No espaço vazio, as pessoas se aglomeram e dançam. Por volta das 23:30, retornei aqui e o salão já estava lotado (mostro foto mais abaixo).


Este é o salão do segundo andar que é mais reservado, mais longe do barulho. Mais tarde este salão também ficou cheio. Os garçons também servem aqui.


O primeiro andar do Rio Scenarium, onde a banda toca no palco (à esquerda) e os visitantes dançam em frente. Veja que há mesas bem perto do palco. Se você gosta do som mais afastado, prefira as mesas do segundo andar.


O Rio Scenarium ocupa uma casa bem grande que tem até elevador (antigo, claro).


A decoração com os guarda-chuvas coloridos no Rio Scenarium.


Brinquedos antigos enfeitam este ambiente do terceiro andar do Rio Scenarium: carrinhos, aviões, bicicletas. Há bicicletas até no teto.


No terceiro andar, encontramos também coleções que incluem, entre outros, objetos usados por índios, de tortura do escravo brasileiro e da cultura portuguesa. Com isso, procuraram representar as principais figuras do início da história do Brasil: o índio, o negro e o português.


De volta ao segundo andar. Através desta sacada (este vão cercado), a gente pode observar a banda tocando no palco no primeiro andar. Mudando de assunto, observe os lustres de cristal e os espelhos venezianos.


Uma parede do segundo andar do Rio Scnarium é decorada com lindos espelhos venezianos.


Interior do Rio Scenarium. Espelhos e arranjos enfeitam a casa.


Há boas opções de petiscos no Rio Scenarium e o menu está disponível no site. Comemos pastéis de carne (foto) e croquetes de carne seca. Ambos estavam muito saborosos.


A banda tocando no primeiro andar do Rio Scenarium. Foto tirada a partir da sacada do segundo andar. A rede serve de proteção.


A pista de dança do primeiro andar começando a lotar. 


Não deixe de passar pelas varandas do casarão para ver a Rua do Lavradio e seus bares. Uma rua que o Rio Scenarium ajudou a revitalizar.


Parte do interior do terceiro andar do Rio Scenarium.


A Última Ceia na decoração do Rio Scenarium. Nas estantes ao lado, vários tipos de telefones. 


E este salão que antes estava vazio, olha como ficou quando o show de música pop nacional começou. A dupla botou todo mundo para dançar. Ou seja, dois tipos de show acontecendo ao mesmo tempo, para gostos diferentes.


E o salão mais traquilo da casa também já cheio por volta das 23:00.



E mais um pouquinho das antiguidades do Rio Scenarium.


Relíquias do Rio Scenarium.


Decoração da parede do caixa do Rio Scenarium, com portas antigas de geladeiras. Tudo é pago na saída. 



Na saída do Rio Scenarium, você também verá vários modelos de aparelhos de rádio antigos. Me amarrei nesta coleção!



Exposição de rádios antigos do Rio Scenarium.





Fachada do casarão antigo do Rio Scenarium. 


O Rio Scenarium ocupa um casarão restaurado do século XIX.


No Rio Scenarium rolam shows ao vivo exclusivamente de música brasileira nos ritmos de pagode, choro, samba, gafieira e MPB. Porém, mais uma vez lembro que é preciso consultar no site da casa a programação musical para saber quais e quantas apresentações vão acontecer no dia.


VISITA AO ROM: A JOIA ARQUITETÔNICA DE TORONTO

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Geralmente uma joia fica muito bem guardada, não é mesmo? Por exemplo, dentro de um cofre ou um museu. Mas venho aqui falar de uma joia que fica a pleno céu aberto  e que pode ser admirada de pertinho por todos que passam pela calçada. De qual rua? De uma das mais chiques de Toronto, a maior cidade do Canadá. Essa joia tem o formato de um cristal e um de seus lados chega a uma altura que equivale a um prédio de dez andares. Não é uma joia para se pegar na mão, mas para adentrá-la e penetrar num espaço que, para não destoar, é uma preciosidade. A joia que não cabe na mão é o modernoso anexo do prédio histórico do Royal Ontario Museum (Museu Real de Toronto), ou "ROM", como é comumente chamado pelos torontianos. Uma obra (ou melhor, uma "joia") arquitetônica feita de vidro e alumínio em formato assimétrico que avança pela calçada e que dá acesso ao maior museu do Canadá, com mais de seis milhões de peças e quarenta galerias, algumas das mais notáveis do mundo.   

Tanta preciosidade num mesmo lugar. Devo dizer que gostei mais da fachada angulosa e reluzente do ROM do que das obras que ele abriga? Não, serei muito criticada por isso. E talvez não seja mesmo verdade, mas não posso negar que meus olhos ficaram mais tempo parados em frente ao The Crystal, a moderna estrutura adicionada à fachada do museu, do que a qualquer outra peça do seu interior. Não é injustiça; é amor à primeira vista. Podem outras pessoas odiarem o novo anexo, mas eu fiquei encantada. Sim, acreditem, há gente que não gostou nenhum pouco daquele "elemento" "destoante" (eu prefiro dizer "peça" e "desconcertante") acrescentado ao prédio histórico do ROM. Enfim, gosto não se discute e até entendo a razão daqueles que desaprovaram o design, mas, gostando ou não, nenhum turista pode deixar de tirar as suas próprias conclusões e de conferir as galerias do renomado ROM, com suas coleções de arte, cultura e história natural.   

Continuando a falar da fachada do Crystal (eu falei que foi um caso de amor...), ela é obra do famoso arquiteto americano Daniel Libeskind, o mesmo do novo World Trade Center de Nova York, a Freedom Tower. Dizem que para desenhar essa mais recente extensão do ROM, o mestre se inspirou nas pedras preciosas/cristais que ficam em exposição permanente nesse museu. Para mim, faz todo sentido. A nova estrutura (também chamada de Michael Lee-Chin Crystal) fez parte de uma super-hiper obra de revitalização do prédio que levou sete anos para ser concluída a um custo de US$ 270 milhões. Michael Lee-Chin foi o principal patrocinador da nova fachada, por isso a obra leva o seu nome. O Crystal é de 2007 e o museu é de 1914, quando foi aberto ao público.

Agora falando do interior do ROM, já dá para ter uma boa ideia de sua dimensão quando você recebe o mapa do prédio quando começa a visita. Mas vou dar apenas alguns exemplos. Distribuídas em seus quatro andares, você verá as seguintes galerias: "Asian Special Exhibitions"; "Canadian Special Exhibitions"; "Bat Cave"; "Birds"; "Biodiversity: Life in Crisis"; "Earth's Treasures";  "Dinosaurs"; "Mammals"; "Africa, the Americas & Asia-Pacific"; "Bronze Age Aegean"; "Egypt"; "Greece" etc. Há ainda exposições especiais que são pagas à parte. Quais são os destaques? Bem, seus acervos de esqueletos de dinossauros são considerados os maiores. Mas fazem muito sucesso também os fósseis dos mamíferos da Era do Gelo (no mesmo andar dos dinossauros), as galerias de minerais e pedras preciosas, o Bat Cave, as colunas totêmicas e a Múmia Djedmaatesankh, um sarcófago egípcio de aproximadamente 850 a.C. que protege o corpo mumificado de uma musicista. Os pesquisadores do ROM nunca abriram o sarcófago, mas fizeram uma tomografia que revelou que a mulher teria morrido aos 35 anos de idade de um abscesso dentário.
   
Deu para ver que o museu é um prato cheio para ser digerido em vários dias (ou "alguns", depende da fome de cada um) de visitação, mas é claro que o turista também quer ver as outras inúmeras atrações de Toronto e geralmente não dispõe de semanas de estada. Mas fique sabendo que o ROM pode perfeitamente ocupar uma manhã ou uma tarde inteirinha até de um visitante menos exigente. Agora, se você estiver com o tempo realmente curto, dá para se concentrar somente naquelas exposições que mais lhe interessam e passar praticamente "batido" pelas outras em cerca de duas horas (mas é muito corrido, vou logo avisando). Foi mais ou menos esse tempo que ficamos lá dentro. Mas não deixe de entrar em todas as salas (isso nós fizemos, só não fomos à cafeteria, à loja de souvenirs e às exposições extras) porque sempre pode haver uma peça que vai lhe ser particularmente interessante.    

Como chegar ao ROM: O museu fica em Queen's Park, na mesma região da Universidade de Toronto. Você pode saltar na estação de metrô Museum, que já lhe fará entrar no clima do museu. As colunas da estação são esculturas muito lindas. A principal entrada do ROM fica na Bloor Street West.

Ingressos e horários: Entre no site oficial do ROM para informações sempre atualizadas. No nosso dia de visita, para minha surpresa, a fila que existia no local para a compra dos ingressos era pequena. De qualquer maneira, não precisaríamos ficar ali, pois já tínhamos adquirido o City Pass, então nossa entrada foi imediata. Algumas das melhores atrações pagas de Toronto estão nesse passe, então, se você for visitar três delas, já vai valer a pena a aquisição. O passe dá direito a cinco atrações: o ROM, a CN Tower, o Ripley's Aquarium of Canada, a Casa Loma e o Toronto Zoo ou o Ontario Science Centre.       


Abaixo, mostro fotos de apenas algumas galerias do ROM, especialmente aquelas das que mais gostei. E, claro, incluo também fotos do Crystal. Acho que isso já vai ser um bom aperitivo. Enjoy!



Fachada da frente do Royal Ontario Museum (ROM) toda iluminada. Vim aqui à noite especialmente para vê-la com esse brilho e valeu a pena. Iluminado, o Crystal fica ainda mais lindo. São cinco blocos que se intercalam numa forma geométrica. Observe a parte antiga do prédio à esquerda. Eu achei genial essa junção do histórico com o moderno (até porque o moderno ficou lindo demais), mas dizem que muitas pessoas odiaram.


Esta estrutura de vidro e alumínio - o Michael Lee-Chin Crystal - é o resultado de uma grande reforma do museu. À noite, por causa da iluminação, podemos ver através das janelas de vidro o gigante dinossauro que fica no saguão do ROM. Observe também, à direita, que este novo anexo compõe a entrada do museu. 



A angulosa fachada futurista do ROM com pontas que se projetam na calçada. Ao fundo, dentro do Crystal, vemos as portas de entrada do museu. 


O Crystal tem uma altura que equivale a um prédio de dez andares. Observe que os carros que passam na rua se refletem na fachada de vidro. 



Close para a extremidade direita do Michael Lee-Chin Crystal, o modernoso anexo do ROM. 


Saguão principal do Royal Ontario Museum. O museu foi criado em 1914 para mostrar a civilização humana e o mundo natural. 


Esta é a galeria da exposição Canada: First Peoples (Primeiros Povos do Canadá), no primeiro andar. Aqui estão coleções de objetos que refletem a história, a cultura e a diversidade dos primeiros povos do Canadá. 


Na Galeria Canada: First Peoples, estão reunidos mais de mil objetos que mostram as forças sociais e econômicas que influenciaram a arte nativa e o desenvolvimento do Canadá como nação.


Em Canada: First Peoples, é mostrado que o contato europeu trouxe muitas mudanças na cultura nativa, fazendo assim nascerem novas oportunidades para as expressões culturais aborígines tanto na área artística quanto na área espiritual. Aqui vemos um enorme barco no qual cabia uma aldeia indígena inteira. 


Num dos halls do ROM - Royal Ontario Museum. O dinossauro é o maior símbolo do museu, pois há fósseis de mais de 25 dinossauros, formando uma das mais prestigiadas coleções do mundo.


No primeiro andar do ROM, também encontramos a exposição da Ásia - Asian Special Exhibitions. Aqui, há coleções da Coreia, China e Japão.


A Chinese Gallery do ROM abriga lindas esculturas, muito antigas, além de três murais. Esta é considerada uma das melhores coleções de arte chinesa do mundo. As esculturas datam do século XII ao século XV. E os murais são dos mais bem preservados do mundo e datam da dinastia Yuan.


Armaduras de guerreiros samurais, na Galeria do Japão, onde encontramos muitos objetos relativos à cultura japonesa.


Aqui é a Galeria Biodiversity: Life in Crisis. Encontramos réplicas de animais em extinção.


A exposição da Biodiversity: Life in Crisis nos explica que a distribuição da biodiversidade não segue um padrão. Dentro dessas vitrines, há informações em inglês e francês sobre o tema. Aqui, por exemplo, lemos que o clima, a geografia, a presença ou ausência de outras espécies e a intervenção humana são fatores que afetam os padrões da distribuição.


Biodiversity: Life in Crisis, no ROM. A biodiversidade está em risco. As extinções ocorrem naturalmente e lentamente, porém a atual extinção acelerada ocorre quase que exclusivamente pela intervenção humana.


Biodiversity: Life in Crisis Royal Ontario Museum, Toronto, Canadá.










As colunas totêmicas ao lado das escadas do ROM são de impressionar pela altura e o trabalho feito na madeira. Ao todo, são quatro colunas.


As colunas totêmicas do ROM foram esculpidas pelos nativos do Canadá. Estas foram algumas das peças que eu mais admirei no ROM, principalmente por causa do tamanho delas.


Uma atração bem conhecida do ROM e especialmente divertida para as crianças é o The Bat Cave (A Caverna dos Morcegos), uma reprodução de uma caverna real da Jamaica, the St. Clair Cave. A caverna é escura. Lá há diversas espécies de morcegos (réplicas) e alguns são mecanizados. 


The Bat Cave e o morcego-vampiro (vampire bat) sugando o bode. 


Ao lado do Bat Cave, você encontrará uma recriação de uma Floresta de Ontario, portanto verá a vegetação típica dessa floresta (repare nas árvores típicas, ao fundo) e alguns animais (réplicas) também típicos da região. 


Chegando perto da Floresta de Ontario, você visualizará os animais, mas não é muito fácil achá-los porque eles ficam meio escondidos na vegetação colorida típica do outono.


Aqui, o tema é a "Diversidade da Vida". A exposição nos explica que as adaptações a diferentes ambientes têm causado milhões de espécies a evoluir de forma a gerar uma surpreendente variedade de cores, formas, texturas e comportamentos.


Na Gallery of Birds (Galeria de Aves), várias espécies de aves empalhadas do mundo todo recebem muitos visitantes.


As crianças costumam gostar da Galeria das Aves, que ocupa uma das salas do segundo andar do ROM.


Mas, no segundo andar, não há nada que faça mais sucesso do que a Galeria dos Dinossauros. Há também a galeria com os fósseis de mamíferos pré-históricos, que viveram na era glacial (esta da foto), que é a Reed Gallery of the Age of Mammals, com exposição de vários esqueletos.








A Galeria dos Dinossauros do ROM possui mais de 25 esqueletos de dinossauros marinhos e terrestres.






O T-Rex, no segundo andar do ROM.


Parte da Galeria dos Dinossauros do Royal Ontario Museum, em Toronto.


Do andar de cima, você consegue tirar uma foto melhor do fóssil de dinossauro do saguão do ROM.


Depois de vermos muitos fósseis de dinossauros, viemos até esta sala do ROM que abriga uma exposição sobre a Amazônia, seu povo e sua cultura. Aqui, li que a Floresta Amazônica tem abrigado possivelmente centenas de distintas culturas indígenas por milhares de anos.


O ROM também tem uma boa coleção de esculturas gregas. Exposição The Greeks.


Royal Ontario Museum (ROM) - uma joia por dentro e por fora! Visita obrigatória em Toronto!