LONDRES: REVISITÁ-LA NUNCA É DEMAIS

Para falar de Londres e do que significa visitá-la, preciso alterar um pouco o ditado popular e dizer que um é pouco, dois é bom e três é BOM demais!!! Nesta minha terceira viagem a Londres,  pude ter ainda mais a certeza de que quanto mais íntimo a gente fica de um lugar, mais a gente se apaixona e mais quer conhecê-lo. Acredito que esse "efeito" aconteça com qualquer outra cidade grande tão fascinante, cosmopolita e multicultural como é Londres. Ela é, sem dúvida, uma das metrópoles mais encantadoras do mundo e é disparada uma das minhas favoritas, só empatando com o Rio de Janeiro e com o Porto devido a laços afetivos.

Desta vez, Londres serviu mais como base para explorarmos outras cidades: Edimburgo e Cardiff. Foram apenas dois dias e meio, mas muito bem aproveitados. E já estou planejando a minha próxima ida a Londres, quando a cidade poderá novamente servir de base para minha viagem à Irlanda. Nada como uma desculpa para voltar a uma cidade querida. 

Então, bem-vindo a mais esta minha visita à capital britânica. Nossos passeios se resumiram nos seguintes lugares: The Queen's Walk, The Shard, Camden Town, Oxford Circus, Piccadilly Circus, Green Park Buckingham Palace.



Do Aeroporto de Gatwick à Victoria Station:

Esta é a famosa estação ferroviária de Londres chamada Victoria Station. Nosso voo da TAP (embarcamos no Porto) nos deixou no aeroporto de Gatwick e, para não gastarmos uma grana com táxi, pegamos um trem do aeroporto até aqui, Victoria Station (no centro de Londres), para daqui, então, pegarmos o metrô até a estação de nosso hotel - Euston Station.  Olha, acho que valeu a pena pela economia já que o Gatwick fica longe do centro de Londres, mas, por outro lado, foi uma mão de obra. Sem malas (ou com uma mala leve) é uma coisa bem diferente, mas com malas pesadas, fazer todo esse trajeto (alguns lances de escada têm que ser vencidos com você carregando a mala, pois nem todas as subidas/descidas das estações ferroviárias têm escadas rolantes) requer energia e disposição.  





Do aeroporto de Gatwick à Victoria Station, você pode pegar o Gatwick Express, que é o trem mais rápido (leva cerca de 30 minutos), mais turístico e mais caro também. Como o trem regional só leva cerca de 10 minutos a mais e é mais barato (custou 15 libras ida e volta, já pelo Gatwick Express, custaria 34.90 ida e volta), optei por ele. No guichê de compra, o atendente informa qual é o trem regional que melhor lhe serve. No nosso caso, foi o Southern Train, que é um trem muito mais de passageiros frequentes (residentes) do que de turistas. A experiência na ida não foi muito boa. O trem estava cheio, por sorte consegui um assento vago e dei um jeito de encaixar minha mala entre minhas pernas e o assento da frente. Meu marido teve de ficar em pé, segurando a outra mala, um pouco espremido entre os outros passageiros. Entretanto, a volta já foi bem diferente. Fomos uns dois primeiros a entrar no trem, pudemos escolher os melhores assentos e tivemos um bom espaço para deixarmos nossas malas na nossa frente. Da próxima vez, experimentarei o Gatwick Express para fazer as comparações. É bom saber que nem para o Gatwick Express, há reserva de assentos, o que significa que você pode ter de seguir viagem em pé. Compre logo a passagem de ida e volta para evitar encarar uma nova fila, que vou te dizer, não é pequena (fiquei uns 15 minutos na fila). Nesta foto, novamente uma outra imagem da Victoria Station, esta mostrando a entrada para o Gatwick Express (à direita).

A Piazza Euston e um típico pub londrino:

Esta é a movimentada Piazza Euston, que fica bem em frente à estação de metrô Euston. Por aqui há cafés onde você pode almoçar por um preço mais em conta, como o Café Rouge, que você acha em muitos pontos de Londres (vi, inclusive, em Cardiff e Edimburgo). Um almoço simples lá (valor de julho de 2013), como um bife com batatas fritas, sai por 10 libras. Vim parar nestas bandas porque fiquei hospedada no Ibis London Euston St Pancras, sobre o qual falo no final desta postagem.


Depois do check-in no hotel, fomos almoçar num pub chamado Royal George. Eu adoro o ambiente informal dos pubs londrinos, sem contar os preços de seus menus, que são geralmente atraentes. Escolhemos este pub ao acaso porque estava perto do hotel, ou seja, perto da Euston Station. De cara eu gostei dele por causa das mesas do lado de fora e da boa atmosfera que senti ali. 


Mas foi dentro do pub que eu quis ficar. Sabe por quê? Porque eu adoro ficar observando todo o cenário que faz um pub ser um pub!


Mas o que eu mais gosto mesmo de ver num pub é o balcão com aquelas variedades de cervejas servidas on tap (são tipo chopes). Eu acho essas chopeiras uma atração à parte, embora eu quase não beba. Você deve pedir por uma pint ("a pint"), que é um copo para mais de meio litro de cerveja, ou por meia pint ("half a pint"). A pronúncia é "paint".


Veja, nem fui de cerveja, mas são elas que me atraem num pub rsrsrs Ah, não se esqueça de que o esquema de ser servido em um pub é diferente daquele de um restaurante tradicional. Primeiro porque não há garçons em pubs.  Segundo porque você faz o seu pedido no balcão (seja comida e/ou bebida) e paga antes de consumir. A bebida você mesmo leva para a mesa. A comida, como precisa de um tempo de preparo, é depois levada à sua mesa pelo funcionário (que é o barman ou bartender) que te atendeu no balcão (mas não necessariamente pelo mesmo) e recebeu seu pagamento. Então, não fique esperando o "garçom" chegar à sua mesa para você fazer o seu pedido. 


O bartender do pub simpaticamente se ofereceu para tirar esta foto. Gostei muito do ambiente deste pub. Veja o que vamos comer: fish 'n' fries (ou chips). Eu geralmente peço esse prato no Reino Unido não porque é um dos mais baratos ou porque é um dos mais tradicionais, mas é porque eu gosto mesmo!


Mas vou ser sincera. Apesar da boa e avantajada aparência deste peixe, não foi um dos melhores que comi em Londres. Quer noção de preços? Bem, este fish 'n' fries custou 11.49 libras. Um almoço neste pub sai por uma média de 9 a 15 libras. Não espere encontrar arroz nem feijão nos menus dos pubs/restaurantes em Londres.


The Queen's Walk (Parte 1):


Depois fomos caminhar pelo The Queen's Walk, que é um passeio muito agradável, pois você vai beirando o Rio Tâmisa. Na verdade, só fizemos a metade desse caminho, pois desembarcamos na London Bridge Station (underground).  Mas você pode fazer o passeio completo começando pela Lambeth Bridge ou pela Westminster Bridge (não sei exatamente qual das duas pontes delimita o início do caminho) e terminando na Tower Bridge ou vice-versa, o que deve dar em torno de uma a duas horas de caminhada dependendo do ritmo de cada um. Nosso passeio começou pela London Bridge, que é esta ponte.


A London Bridge é uma ponte famosa e muito movimentada. É até difícil tirar fotos nela por causa do vaivém de pedestres. Já na Millennium Bridge é mais tranquilo.


Então, se você estiver pelas redondezas, vale muito a pena andar na London Bridge porque, apesar das multidões que passam por aqui nos dias de trabalho, você consegue tirar ótimas fotos com a Tower Bridge de fundo.



Além da Tower Bridge, outro símbolo de Londres - o mais atual até o momento - que vai emoldurar sua foto a partir da London Bridge é o The Shard, mas aqui ele fica um pouco escondido atrás desses prédios. Esse arranha-céu é lindo! É muito difícil responder qual das construções modernosas de Londres é a mais bonita. O Shard, o Gherkin e o City Hall são as que mais me impressionam. Outros exemplos de prédios estilosos são: o Lloyd's, o Strata e o Willis. Londres gosta mesmo de investir em arranha-céus! Em 2014 está prevista a inauguração do The Leadenhall Building (apelidado de The Chessegrater). Can't wait!


A London Bridge é também um bom ponto para se observar os barcos navegando pelo River Thames, repleto de turistas. Em 2007 eu fiz um cruise desses e gostei muito.


O prédio The Shard fotografado a partir da London Bridge. O prédio foi inaugurado em 2012 e atualmente é o prédio mais alto da União Europeia. Daqui a pouco, vamos subir até seu 72º andar! 



Depois das fotos, voltamos pela Queen's Walk para irmos de encontro a Tower Bridge e ao City Hall. Não importa quantas vezes você já esteve em Londres, você sempre quer rever seus grandes ícones.


O passeio pelo Queen's Walk leva o turista a se deparar com áreas de lazer que sempre convidam ao descanso.


London Bridge e a cúpula da St. Paul's Cathedral ao fundo.


Continuando numa reta só, você vai encontrar a Hay's Galleria, uma galeria muito simpática com lojas, cafés e algumas carrocinhas que vendem, entre outros artigos, souvenirs. Vale a pena entrar e bisbilhotar. 



O Café Rouge, um dos muito conhecidos dos londrinos, na Hay's Galleria. Na galeria tem também uma Starbucks.


A Hay's Galleria fica próxima ao City Hall. E é para lá que vamos agora.


O navio-museu no Rio Tâmisa. Trata-se do HMS Belfast, parte do Imperial War Museum. Fica em frente à Tower Bridge. 


Ao fundo, a emblemática Tower Bridge. Se você tiver tempo, não deixe de caminhar sobre essa ponte. É uma experiência muito legal e a vista é magnífica. A Tower Bridge também conta com um museu. 


Do lado esquerdo da Tower Bridge, está outro cartão-postal de Londres representando o lado antigo da cidade: a Torre de Londres (Tower of London). Em 2007, eu visitei a torre internamente e acho uma visita muito interessante, principalmente para quem gosta de história. Durante a visita, você conhece também as Joias da Coroa Britânica. 


A Tower Bridge acompanhada da Torre de Londres do lado de lá.



E acompanhada do prédio da City Hall (Prefeitura) do lado de cá. Dizem que o prédio da City Hall tem o formato de um disco voador. Lembra mesmo, você não acha? 



Do outro lado do rio, vemos prédios em construção. No centro, o arranha-céu 20 Fenchurch Street, que foi apelidado de "Walkie-Talkie". Está previsto para ficar pronto em março de 2014. Seu grandioso projeto inclui um sky garden, um jardim no terraço que vai oferecer vistas deslumbrantes de Londres. Ao fundo, do lado direito, vemos também o arranha-céu The Gherkin, que, de todos, é o que mais me fascina. No Rio Tâmisa, vemos novamente o navio Belfast. 


Observe que o Queen's Walk é um caminho só para pedestres, o que torna o passeio ainda melhor.


Um close da fachada oval do prédio da City Hall. O prédio tem estilo, não é mesmo?


O único porém da maioria desses prédios arrojados é que não estão abertos à visitação interna. O turista tem que se contentar em tirar fotos das fachadas e imaginar como são por dentro com a ajuda das imagens que os sites divulgam. Mas para o turista que quer muiiiito conhecer essas joias arquitetônicas, a boa notícia é que uma vez por ano em setembro, em um final de semana, o evento chamado Open House London possibilita a entrada gratuita em muitos desses prédios. Se o turista conseguir se planejar com antecedência e fazer reservas (quando não, madrugar nas filas), já que as visitas são muito disputadas, a grande chance está aí.  


Os bonitos prédios do complexo More London, ao lado da City Hall.



Um close da Torre de Londres. Ela foi construída por Guilherme O Conquistador (William the Conqueror) no século XI. A torre foi usada como prisão de 1100 a 1952 e muitos daqueles considerados criminosos foram executados em seu complexo. 



Apesar de ser nossa terceira vez em Londres, só hoje é que tivemos a oportunidade de ficarmos assim pertinho do prédio da City Hall. Antes só tínhamos admirado o prédio de longe, por exemplo, do outro lado do rio (quando visitamos a Torre de Londres) e de cima da Tower Bridge. É que com tantas coisas para se fazer e admirar na capital britânica, você acaba tendo que abrir mão de muitas outras. E, olha, a City Hall é ainda mais bonita de perto. Mas de longe, a visão também é incrível. Se puder, tenha a visão do prédio dos dois lados do Rio Tâmisa.


Tower Bridge



Quando o dia em Londres está assim, bonito e ensolarado, é nos gramados onde encontramos muita gente sentada ou deitada, descansando, lendo, comendo, conversando, meditando, cochilando... Um cenário para se fazer piquenique em Londres mais bonito e icônico do que esta não há. Bem ao lado da Tower Bridge. Wanna join?


No caminho para o The Shard:


Aqui, já estamos a caminho do The Shard (à esquerda). Veja que as bicicletas são um excelente transporte para o turista descobrir Londres. Estas são da empresa Barclays Cycle Here. Para saber sobre o aluguel, acesse o site.


No caminho, também fotografei a fachada de um típico pub londrino.


Dentro do The Shard:

E aqui já estamos no hall de entrada do The Shard para a atração The View from the Shard. Para chegar aqui de metrô, desembarque na estação London Bridge. Agora, repare que o hall está relativamente vazio. É que eu fiquei surpresa ao vê-lo assim. Esperava encontrar longas filas por ser mês de alta temporada (julho), porque o dia estava ensolarado e porque o site diz que é "altamente recomendável" reservar. Comprando pelo site, eu teria na época um desconto de 5 libras. O bilhete para adulto comprado no dia, no local, custou-nos 29.95 libras. Pelo site, você tem de escolher o dia e horário da visita. Eu resolvi arriscar a possibilidade de pegar longas filas para não ficar presa ao horário e principalmente porque eu não saberia como estariam as condições climáticas no dia da visita.


A experiência com o The View fica nos andares 68, 69 e 72 (antes, você para no andar 33 para troca de elevadores). No elevador super rápido, o bem-humorado "ascensorista-guia" dá explicações sobre o projeto do prédio entre outras informações turísticas. Ao sair do elevador, você já dá de cara com esses janelões do The Shard com vistas deslumbrantes de Londres.  Na foto, ao centro, o bonito arranha-céu Strata SE1.



Pelos corredores do The Shard, o visitante tem disponíveis esses touchscreen high-tech digital telescopes, que permitem a identificação e informações de muitas das atrações (acho que 200) de Londres. 


Até o momento, a vista a partir do The Shard é a mais alta que se tem de Londres. Na foto, ao centro, a St. Paul's Cathedral.



Nesta vista, três grandiosos edifícios: o "Walkie-Talkie", o Willis e o Gherkin.



Os visitantes podem percorrer todo o entorno dos andares do The View, portanto eles têm uma vista de 360% de Londres.


Do topo do The Shard, você tem uma vista de 64 km de Londres (em dias claros), podendo apreciar várias obras icônicas, tais como: a Tower of London (à esquerda), a Tower Bridge (no centro) e a City Hall (à direita).




Nesta foto, temos uma visão mais ampla do complexo da Tower of London (Torre de Londres).
Clique na imagem para vê-la ampliada.


Aqui, vemos o London Eye ao centro e os Houses of Parliament à esquerda. Clique na imagem para vê-la ampliada.


É por estes corredores e de frente para estes janelões do The Shard que os visitantes transitam.



Nas janelas do The Shard, você tem a orientação sobre quais atrações podem ser vistas a partir daquela área de observação. 



Os telescópios digitais oferecem as informações em 10 línguas, inclusive em português. São bem interativos - você pode ajustá-los para ver mais de perto a atração desejada e pode também apreciar vários pontos da cidade em tempo real.



Nossa intenção inicial era chegar aqui quase na hora do dia escurecer para vermos Londres toda iluminada. Mas como no verão europeu só anoitece bem tarde, lá pelas 22 horas, acabou que não deu para termos essa visão. Nosso tour no The Shard foi às 19:30. De qualquer forma, foi muito bom ver Londres com a luz do dia para poder fotografar melhor.



Além destes andares destinados ao The View, o The Shard reúne escritórios, apartamentos residenciais (imagina só morar num apartamento com uma vista dessas!), restaurantes, bares e um hotel, o Shangri-la. Mas os visitantes do The View só têm acesso aos andares 68, 69 e 70.  



Devido à altura, você pode se sentir um pouco tonto. Isso aconteceu comigo, mas não foi nada demais. O estranho é que essa ligeira tontura eu só senti quase na hora de ir embora. 


Ao fundo, Canary Wharf.



Se possível, deixe para vir ao The Shard num dia bonito. Um dia cinzento e chuvoso não revelará nem vistas nem fotos tão bacanas, pois a visibilidade não alcançará grandes distâncias. 



Entretanto, ouvi dizer que se você se sentir prejudicado por causa da baixa visibilidade, você pode reagendar seus tickets. Se é mesmo verdade, eu não sei, mas se você for um dos prejudicados, não custa nada tentar diretamente no ticket office



Se quiser descansar um pouco, faça como os outros e sente-se no chão. De preferência, de frente para esta vista maravilhosa. 


No final da visita, você será convidado a visitar o The Shard's Sky Boutique, a loja mais alta de Londres, que fica no 68º andar. Os preços dos artigos não me animaram muito. Sem dúvida, o tour no The Shard valeu a pena, mas eu achei muito caro! L


The Queen's Walk e o Bankside (Parte 2):


Do "céu" do The Shard, voltamos à terra e ao Queen's Walk. Desta vez, andamos do outro lado da London Bridge, mais especificamente, na animada área chamada Bankside. O Bankside inclui o Tate Modern (este prédio da foto), o Shakespeare's Globe, a Southwark Cathedral, restaurantes, cafés etc. Veja neste site todas as atrações de Bankside.


O Bankside e o The Shard.


A estilosa ponte de metal, a Millennium Bridge, liga a St Paul's Cathedral (na foto, à direita) ao Tate Modern. Não deixe de cruzar esta ponte para tirar lindas fotos do Rio Tâmisa com a Tower Bridge de fundo. 


Agora vemos o prédio da Tate Modern na outra extremidade da Millennium Bridge. O Tate é o maior museu de arte moderna do Reino Unido.


Nesta foto panorâmica, dá para ver melhor a Millennium Bridge ligando a Tate Modern (à esquerda) à catedral St Paul's (à direita). Clique na foto para vê-la ampliada.



Bankside Pier, em frente ao Shakespeare's Globe. Não se esqueça de que o river bus é outro meio de transporte que conecta turistas e londrinos a diversos pontos da cidade em seis rotas distintas. Saiba mais clicando neste site



Este é o Shakespeare's Globe, que fica ao lado do Tate Modern. O Shakespeare's Globe é um teatro a céu aberto e uma reconstrução do Globe Theatre, de 1599, ao qual William Shakespeare pertenceu. O teatro atual está a cerca de 200 metros do local onde foi construído o teatro original. Por ser um teatro a céu aberto, não há espetáculos de outubro a abril, segundo nos informa o site oficial. Mas há "Exhibitions & Theatre Tours" durante o ano inteiro. As exposições oferecem áudio-guia em português e os tours, que são em inglês, oferecem informações em folha de papel em português. Mas o mais legal de tudo seria mesmo poder assistir a uma peça no teatro, que deve ser uma viagem ao tempo de Shakespeare! Se você for visitar Londres no período de maio a setembro, vale a pena se programar e comprar os ingressos com antecedência, pois não há dúvidas de que os espetáculos no Shakespeare's Globe são super concorridos.



Panorâmica do Shakespeare's Globe, em Bankside. 


Aqui, alguns dos restaurantes mais animados em Bankside. À direita, um dos pubs mais antigos de Londres, The Anchor. E, ao fundo, o restaurante Nando's.



Esta é a imponente Southwark Cathedral. Sem dúvida, merece ser visitada. Mas nós não tivemos a oportunidade, pois a catedral já estava fechada. Veja em seu site como ela também é linda por dentro. Esta é a catedral gótica mais antiga de Londres.


Estações de King's Cross e St. Pancras:

Bem, no dia seguinte ao nosso passeio em Londres, pegamos um trem na estação King's Cross e fomos para a Escócia passar três noites! Sim, se você não sabe, é muito prático ir de trem de Londres a Edimburgo. Em pouco mais de quatro horas e em linha direta, você está na capital escocesa! E o melhor: você pode comprar as passagens pela internet com seu cartão de crédito, reservar dia, horário e assento, imprimir seu ticket em casa e com ele embarcar direto no trem, sem nenhuma burocracia. Esse procedimento foi possível com a empresa ferroviária East Coast. Super recomendo a empresa! Nesta foto, na verdade, já estamos voltando a Londres a partir de Edimburgo, pois a capital britânica nos serviu de base para viajar a Escócia e ao País de Gales de trem. Preferi assim a ter de pegar voos. 





Como não consegui tirar uma boa foto da fachada da estação King's Cross, pois estava em obras, mostro esta daqui que é da Wikimedia.



Assim que você sai da estação ferroviária de King's Cross, você dá de cara com outra estação, que é a de St. Pancras. São estações ferroviárias que operam separadamente, mas, por estarem uma ao lado da outra, é como se fizessem parte de um complexo só. A estação de metrô (tube station) King's Cross/St. Pancras serve às duas estações ferroviárias. Ambas ferrovias são das mais importantes de Londres e, portanto, super movimentadas. Essas grandes estações de trem têm de tudo: restaurantes, lanchonetes, lojas diversas etc. 



A estação de St. Pancras, também conhecida como St. Pancras International, ocupa um edifício vitoriano esplendoroso e não há turista que não pare em frente com sua máquina fotográfica embevecido com sua beleza.  Na foto, o Clock Tower do antigo Midland Grand Hotel e, à esquerda, a entrada da King's Cross St. Pancras Station.



O imponente prédio da St Pancras Railway StationÉ da estação ferroviária de St. Pancras que saem os trens da Eurostar para Paris.



E, hoje em dia, o magnífico St Pancras Renaissance Hotel ocupa parte do esplendoroso prédio. Antigamente, era o Midland Grand Hotel. Esta é a entrada do hotel.



Fachada do prédio de St. Pancras, com a entrada do hotel.  


Euston Station:

Depois da chegada de Edimburgo e do check-in no hotel Ibis London Euston St Pancras, não podíamos deixar o dia passar sem aproveitarmos Londres, que é uma das metrópoles mais animadas do mundo! Então, após almoçarmos tarde no Café Rouge da Piazza Euston, pegamos o metrô da estação Euston Station (outra estação hiper movimentada) e fomos direto ao Camden Town!


Camden Town:

Rapidamente chegamos ao Camden Town. A maneira mais prática de se chegar a Camden Town é de metrô. A estação, não poderia ser outra, é a Camden Town Station. Aqui saímos na Camden High Street. É só pegar à direita e sair caminhando sempre em frente, em direção ao Camden Lock.



Assim que eu saí da estação Camden Town, a primeira sensação que tive foi a de que eu não estava mais em Londres e a primeira pergunta que eu fiz foi: "Como pode eu nunca ter vindo aqui antes?" Por não ter considerado Camden Town como uma must-see attraction, somente nesta minha terceira visita à cidade é que eu incluí o bairro em meu roteiro. Tudo bem, eu nem posso me culpar muito porque eu ainda não consegui ticar todas as top attractions da lista (Londres tem muitas...), mas, sem dúvida, Camden Town faz parte das visitas obrigatórias da capital inglesa.  


Apesar de em Camden Town você ter a sensação de estar pisando em solo "não londrino", ao mesmo tempo você se dá conta que somente em uma cidade como Londres é que você poderia estar. Sim, porque, apesar de você aqui não avistar nenhum palácio magnífico nem nenhum monumento suntuoso típicos de uma cidade real, você sabe que Londres é o lugar onde tudo acontece, onde você encontra de tudo, de todos os estilos e para todos os gostos.


O bairro Camden Town está muito perto de metrô do centro majestoso de Londres, porém muito distante em termos de aparência. Aqui, esqueça o luxo e a realeza. Ao invés, curta os "mercadões" de rua, embale-se nas músicas que saem das caixas de som  e perca seus olhares nas centenas de variedades de lojas (muitas de roupas e souvenirs). São quatro os principais mercados de Camden Town:  o Camden Market, o Camden Lock, o Camden Lock Village e o Stables Market. O Camden Market, cuja entrada vemos nesta foto, vende principalmente roupas e lembra muito o camelódromo do Rio de Janeiro. Nada demais. Não perca muito tempo nesse mercado, pois os outros são mais interessantes. O Camden Market é o primeiro mercado que você vai encontrar ao sair da estação de metrô.


Uma atração à parte de Camden Town e uma distração para a lente de sua máquina fotográfica são suas lojas de rua. Vale de tudo para chamar a atenção, então objetos decorativos saltam das fachadas! 


Em Camden Town, as lojas são ecléticas. Como disse, há muitas lojas de roupas, mas há de vários estilos, como gótico e punk. Por aqui você também acha aos montes estúdios de tatuagem e piercing.  Essa mistura de estilos e ofertas, de cores e fachadas é que faz o bairro ser tão popular, tão turístico e tão cool


As fachadas inusitadas das lojas da Camden High Street. 



Caminhando pela Camden High Street, indo em direção ao mercado Camden Lock



No caminho, encontramos este pub, The Elephant's Head, cuja fachada achei linda com estas flores coloridas. Comentários sobre o pub The Elephants's Head no Tripadvisor.


Há muitas lojas no estilo destas da foto em Camden Towm, uma ao lado da outra. Vendem de tudo, inclusive muitas bugigangas, e muito lembram as do Saara, no Rio de Janeiro.  


Um trio de fachadas que disputam a atenção dos turistas. Os edifícios são da Scorpion, da Dark Angel e da Max Orient. No primeiro, muitas variedades de sapatos, no segundo, salão de beleza e estúdio de tatuagem e piercing, no terceiro, buffet de comida chinesa. 



Camden Town vive lotada de turistas e residentes. Aliás, dizem que é um dos lugares turísticos mais visitados de Londres. Aos domingos, funciona a todo vapor e, apesar de ficar muito cheio, é o melhor dia para visitar o bairro, pois é quando grande parte dos habitués punks e góticos circulam por aqui, sendo eles também uma atração de Camden Town. Mas o bairro é interessante em qualquer dia da semana. Nós o visitamos numa sexta-feira à tarde e adoramos! Por falar em habitués, a saudosa cantora Amy Winehouse era figura sempre vista aqui. Dizem que a musa nasceu em Camden Town.
   


As lojas de Camden Town costumam ficar abertas das 10 da manhã às 6 da tarde, mas algumas lojas podem ter horários diferentes dependendo do dia da semana.



Em poucos minutos a partir da estação de metrô chega-se ao Camden Lock, que é o mercado mais antigo de Camden Town. Agora uma observação: bem perto deste ponto, do lado direito, há uma entradinha para o Camden Lock Village Market, um mercado pelo qual eu passei batida, quero dizer, não sei como, mas nem lhe dei bola; só reparei nele depois, nas minhas filmagens. É porque é tanta gente na região e tantas lojas e barraquinhas juntas que parecem tudo uma coisa só. No Camden Lock Village Market também vendem roupas e comidas.



E, ao lado do Camden Lock Village, está o Regent's Canal.  Eu falei que a maneira mais prática de se chegar ao Camden Town é de metrô, mas não falei das outras possibilidades. Você também pode chegar aqui de ônibus ou ainda de barco por este canal - o Regent's Canal. Aliás, pelo canal, a viagem é muito mais interessante. Você pode embarcar em Little Venice ("A Pequena Veneza", como é conhecido o trecho do canal que fica perto da estação de metrô Warwick Avenue) e vir admirando as paisagens no barco até Camden Town. O trajeto de cerca de 50 minutos também pode ser feito ao contrário. Aliás, ainda não conheço a Little Venice londrina, mas é um dos lugares que já está na lista da minha próxima viagem, pois é um dos mais pitorescos da cidade. Para informações sobre a viagem pelo Regent's Canal, consulte o site da London Waterbus Company



Em vez de entrarmos no prédio do Camden Lock, onde também vendem uma porção de coisas, preferimos transitar ao ar livre, pelo seu pátio externo, nos fundos do prédio. São mais centenas de lojinhas e barraquinhas que vendem roupas, bijuterias, livros, artesanato, quinquilharias...



Ainda no pátio externo do Camden Lock, há muitas barraquinhas vendendo comida das mais variadas especialidades do mundo: Chinesa, Japonesa, Tailandesa, Mexicana, Peruana, Italiana e por aí vai... 


As barracas de Camden Lock exalando seus aromas.  


O quarto mercado a ser visitado nesse tour ao bairro de Camden Town é o Stables Market, cuja entrada fica na Chalk Farm Road, que é continuação da Camden High Street. O Stables Market é o maior mercado de Camden Town e foi construído num antigo estábulo, daí entendemos o seu nome.


Assim que você entra no Stables Market, você logo dá de cara com dois robôs gigantes que decoram a fachada da loja Cyberdog. Não chegamos a entrar na loja (para entrar em tudo que é lugar interessante, é preciso passar o dia inteiro em Camden Town...), mas dizem que ela é muito diferente, que vende vários artigos, tais como acessórios para computadores, e que toca música eletrônica. Sem dúvida, farei uma visita a esta loja numa próxima ida ao bairro.  


No Stables Market, você encontra muitos brechós e antiquários, além de muitas opções de comida também (culinária chinesa, mexicana, indiana etc. e tal). 


No Stables Market, há ainda um andar subterrâneo com mais stalls.


Dos quatro mercados em Camden Town, sem dúvida, o Stables Market é o mais interessante por conta de seu tamanho e sua decoração. Há muitos stands de comida e bastante espaço para você se sentar e fazer a sua refeição com mais tranquilidade.


Ao contrário do Camden Lock, que achei muito cheio, no Stables Market você desfruta de mais conforto, apesar de um mercado ser do lado do outro. Então, a minha dica é: se quiser comer em um dos mercados de Camden Town, aposte no Stables Market. Você pode tanto escolher as comidas dos stands quanto as dos restaurantes. Um deles é o Shaka Zulu, o maior restaurante sul-africano de Londres. Pelo site do restaurante, vejo que eles já ganharam vários prêmios e que oferecem variedades de comida e bebida, além de música ao vivo e uma linda decoração. Comentários sobre o Shaka Zulu no Tripadvisor


E depois do Stables Market, resolvemos voltar seguindo novamente pela Camden High Street. Não fomos conferir o Inverness Street Market, uma rua onde se encontram barracas de frutas e legumes assim como lojas e restaurantes/bares/cafés. Para a gente, já estava de bom tamanho.


Tomamos café na Starbucks de Camden Town. Adoramos nossa paradinha aqui porque depois entraram alguns artistas de rua que começaram a cantar. E não é que eles animaram o pessoal? Nunca vou me esquecer deste nosso café ao som da música Shout, dos Tears for Fears. J


No caminho, fotografei mais fachadas de lojas na Camden High Street. A loja Cold Steel (à esquerda) é especializada em body piercing e a  Evil from the Needle (à direita) em tatuagem. Como pode haver tantas lojas desses ramos em uma única rua?  


Camden Town tem lojas de souvenirs como esta, que oferecem muitas variedades de artigos por bons preços.


A loja Dark Side, na Camden High Street 245, vende roupa gótica e corsets.


Assim como a loja ao lado, a Chaos, que também vende costumes.


Oxford Circus, Piccadilly Circus e imediações:

Meus dias em Londres são sempre aproveitados intensamente, por isso, depois de Camden Town e de uma parada rápida no hotel, ainda fomos à Oxford Circus e redondezas, o que inclui a também frenética Piccadilly Circus. Nenhum turista pode deixar de ir a essa região, principalmente num fim de semana à noite para poder sentir o ritmo pulsante da night londrina. Aqui estamos em Oxford Street.


Oxford Street é uma rua cheia das lojas mais conhecidas do público: Topshop, Miss Selfridge, Gap, Mango, H&M,  NextZara, House of Fraser, United Colors of Benetton, a famosérrima e carérrima Selfridges etc. E os prédios da maioria das lojas, assim como as vitrines, são muito bonitos, principalmente quando iluminados à noite.


A loja Mango, na Oxford Street.


À esquerda, o bonito prédio da loja H&M, na Oxford Street.




A bonita vitrine da Aldo, na Oxford Street.


Outra loja da H&M, esta em frente à estação de metrô Oxford Circus.


Os bonitos prédios da Regent Street, outra rua importante de comércio que não pode ficar de fora de seu roteiro turístico e de compras em Londres. É na Regent Street que fica a famosa Hamleys, que é a maior loja de brinquedos do mundo. À direita, a loja French Connection.


A grande loja da Apple na Regent Street. A Regent Street tem mais um monte de lojas. Mais exemplos: Accessorize, Zara, Lacoste, Burberry etc. 


A Carnaby Street fica nas imediações de Oxford Street e Regent Street. É uma rua pequena (faz parte do bairro Soho) só para pedestres e cheia de lojas também. Ela é toda charmosinha. 




A Carnaby Street tem também restaurantes/cafés/pubs (à esquerda, na foto) que ficam lotados e super animados nos finais de semana à noite. Na foto, vemos o pub Shakespeare's Head, na Carnaby Street. Muitas pessoas ficam em pé, do lado de fora dos restaurantes, conversando e bebendo. Nas imediações, há também muitos restaurantes.


Depois passamos por esta loja de departamentos chamada Liberty, na Regent Street. O prédio é muito lindo, chama logo a atenção de quem passa. Como já era tarde, a loja encontrava-se fechada. L


Acho que vale muito a pena visitar a loja Liberty se você estiver por perto , mas prepare-se para os preços, pois ela é bem chique.


E pertinho da Regent Street, está o teatro London Palladium, na Argyll Street, que também faz parte de Soho. Observe como a área está cheia de gente, pois trata-se de uma sexta-feira. O Soho é movimentadíssimo até tarde da noite por conta dos inúmeros restaurantes, boates e teatros.




Como já estávamos na Argyll Street, aproveitamos e jantamos num dos vários restaurantes que lá se encontram. Escolhemos este, o Garfunkel's, porque já tínhamos experimentado e aprovado em Edimburgo. É um restaurante que tem um ambiente bem agradável, boas opções no cardápio e preços bem razoáveis comparando com os de outros restaurantes londrinos mais sofisticados e até do mesmo nível. No site deles, você tem como conhecer seus pratos e preços. Só para você ter uma ideia do quanto se gasta num restaurante do tipo do Garfunkel's em Londres, aqui vai um resumo do que consumimos e gastamos neste dia aqui:  1 chicken wings = 6.25 libras; 1 Spaghetti Bolognese = 8.75; 1 Margherita Pizza = 8.25; 1 Stella Artois = 4.25; 1 Red Grapetiser = 2.80. Total: 30.30 libras. Mesmo assim é caro, né? Pois é, a libra é quase quatro vezes o valor do real. Você encontra o Garfunkel's em vários pontos de Londres. Outro restaurante em conta e que existe em vários lugares em Londres é o Pret A Manger. Mas há várias outras opções na cidade e você pode fazer boas descobertas.  


Depois nos dirigimos para Piccadilly Circus, que fica pertinho de todas essas ruas que mostrei durante meu passeio noturno: Oxford Street, Carnaby Street, Regent Street e Argyll Street.


No centro da praça de Piccadilly fica a famosa Estátua de Eros (ao fundo). 



Essas bike taxis existem aos montes em Piccadilly Circus e redondezas. Nunca andei num desses nem nunca tive vontade, apesar de ser algo bem turístico, o que eu geralmente não dispenso. J


Piccadilly Circus é visita obrigatória em Londres. Ela vive cheia e animada tanto de dia quanto à noite, mas é especialmente mais bonita à noite por causa das propagandas em neon.


Por causa dessas propagandas iluminadas, muitos chamam Piccadilly Circus de a Times Square londrina (mas, é claro, em proporções bem menores).


Piccadilly Circus é também um ponto de encontro e um lugar para pausa, pois, nos degraus ao redor da Estátua de Eros, um descanso vai bem. 


Paddington Station:

No dia seguinte, fomos para Cardiff, a capital do País de Gales.  Foi uma viagem bate-volta e aqui já estávamos retornando a Londres, por volta das 21:45. Esta é a Paddington Station, outra das estações ferroviárias mais movimentadas de Londres.



Se você for para Cardiff, é nesta estação - de Paddington - que você vai embarcar. Fomos e voltamos pelo trem da First Great Western. Adoramos a viagem de trem e o passeio na capital galesa!


Os anúncios nas estações de metrô:

Nesta viagem a Londres, que foi em julho de 2013, vivenciei um fato novo na cidade: pela primeira vez peguei dias quentes. Sim, porque apesar de ser verão na Europa, as minhas viagens anteriores à terra da rainha também foram no verão e eu só pegava dias frios, cinzentos e chuvosos. Só ficava um pouquinho quente quando o sol dava as caras. Nunca imaginei que eu fosse precisar usar camiseta e bermuda em Londres, mesmo no verão. Mas desta vez foi muito diferente. Peguei dias bem quentes, pois uma onda de calor intenso tinha invadido também outras cidades europeias, como Edimburgo, Cardiff e Porto, lugares onde eu também tinha estado na época. Era um calor atípico para os londrinos e por isso não faltavam avisos nas estações de metrô alertando sobre certos cuidados a serem tomados. Para mim, não foi um grande problema, pois moro no Rio de Janeiro e estou acostumada com calor. E a vantagem foi que peguei dias ensolarados e lindos em Londres!


Desta vez, me dei conta do quanto há de propagandas espalhadas pelas estações de metrô em Londres. Teriam elas aumentado nos últimos anos? 


Por onde quer que você passe nas estações de metrô, seja nos corredores, na plataforma ou nas escadas rolantes, estão as propagandas lá quase te catucando. 


Como as escadas rolantes nas estações de metrô são enormes, até você chegar ao final delas, muito terá visto de merchandising. Nas paredes desta estação, ao lado das escalators, não sobra espaço para mais nada a não ser para os quadros luminosos que vão trocando de tela e de propaganda em intervalos de segundos.


Basta virar a cabeça para os lados, pra frente ou pra cima para que as propagandas não escapem do seu olhar. 


Os quadros e a publicidade acompanham toda a sua viagem na escada rolante.


A maioria dos quadros de publicidade tem iluminação própria e eles convivem um ao lado do outro. Com milhares de pessoas circulando todos os dias pelas estações de metrô de Londres, natural ser o metrô um bom negócio para os anunciantes.
 

Green Park:

E por falar em metrô, a nossa última parada agora é em Green Park. Como eu ainda não conhecia esse parque, resolvi passar a manhã do meu último dia em Londres (um domingo) fazendo um passeio mais relaxante, sem corre-corre. Na verdade, foi uma decisão de última hora porque nossa intenção era visitar o Wembley Stadium. Chegamos a pegar o metrô para ir lá, mas, na estação de conexão, fomos surpreendidos com a notícia de que não poderíamos continuar seguindo de metrô até o estádio por causa de obras na ferrovia. Teríamos de pegar um ônibus e isso nos estressou porque estávamos com o tempo contado. Conclusão: voltamos e desembarcamos em Green Park. 


Em frente ao Green Park, está o Hotel The Ritz. Deve ser tudo de bom se hospedar aqui! 


Mas, antes de cruzarmos o Green Park, tomamos nosso café da manhã neste café que fica bem perto do parque. Só fotografei o estabelecimento porque o Caffè Nero é muito conhecido em Londres e existe em vários pontos da cidade. Nós gostamos muito! Os sanduíches deles são bem gostosos e podem ser tostados na hora. O ambiente também é bem agradável. Quem não tiver o café da manhã incluído no hotel pode tomá-lo no Caffè Nero que não vai se arrepender. O Starbucks também é uma excelente opção. Aliás, os dois cafés, em termos do que oferecem de comida, são bem parecidos.



O Green Park é um dos oito royal parks, sendo o menor deles. Muitos usam este parque somente para cortar caminho e muitos outros para usufruir de seu espaço, fazendo aqui picnics, tomando banho de sol, jogging etc. 


Mas a manhã deste domingo estava um pouco fria, para alívio dos londrinos, que tiveram uma sequência de dias muito quentes conforme relatei acima. Provavelmente por causa do friozinho, não vimos quase ninguém nessas cadeiras quando chegamos.


Na entrada do Green Park, perto da estação do metrô.


Para falar a verdade, fiquei um pouco decepcionada com o Green Park. Não quero dizer que o parque não seja bonito, mas é que eu esperava mais. Eu estava com aquela imagem do Regent Park na minha cabeça, que eu tinha visitado na minha primeira viagem a Londres e que é lindo. Ou seja, esperava encontrar muitos jardins bem floridos assim como é em Regent Park. Mas, não. Talvez em outra estação do ano, o cenário aqui seja mais bonito.


De repente eu vejo uma multidão atravessando o Green Park. Depois é que me toquei que a galera estava toda se dirigindo ao Buckingham Palace para assistir à troca de guarda que aconteceria às 11:30. É que a partir da estação de trem (tube) do Green Park, é só seguir esse retão que você vai dar de cara com o palácio.


Então, o passeio relaxante que eu planejara para esta manhã de domingo, depois da tentativa frustrada de ir ao Parque de Wembley, se transformou num corre-corre para ver a troca da guarda! Afinal, eu ainda não tinha conseguido realizar esse programa tão turístico!


Mas, mesmo na pressa para chegar aos portões do palácio, deu para aproveitar o visual do Green Park.


Buckingham Palace e a troca de guarda:

Ao chegarmos perto do Buckingham Palace, já víamos que não iria ser nada fácil disputar um bom lugar no meio da multidão que já se formara em frente aos portões e ao redor do Victoria Memorial. E ainda faltava cerca de uma hora e meia para o desfile começar.


As pessoas iam aos poucos chegando e tentando decidir em que lado ficar. E como eu não tinha pesquisado nada a respeito, não sabia também quais eram os pontos ideias para ver a troca da guarda.


Muitas pessoas ficaram nas laterais da rua em frente ao palácio.


Mas onde a maioria das pessoas já estava posicionada era em frente ao Victoria Memorial (monumento ao fundo, bem de frente para o palácio), o que já era um sinal de que ali é que deveria ser um ponto estratégico para assistir à troca de guarda.


Enquanto isso, a gente aguardava em pé deste lado do Buckingham Palace, em frente aos seus lindos portões, com a maior paciência. Ficamos ali não só porque achávamos que era um bom lugar, mas também porque era onde havia menos muvuca quando chegamos. Mas depois muitas outras pessoas foram se juntando. 


E os guardas montados em seus cavalos mantinham a ordem. Por exemplo, ordenando algumas pessoas a descerem das grades dos portões.



E após cerca de uma hora e meia de espera, vimos chegando a tropa dos soldados em seus trajes típicos vermelhos.


Vieram do lado direito e logo entraram no palácio.


Gente, não vimos mais nada do desfile a não ser isso, que durou apenas alguns minutos à nossa frente. Foi interessante, mas foi muito rápido!


Enquanto isso, nós esperávamos mais desfile...


Mas depois só vimos alguns soldados irem embora (à esquerda).


Escutávamos o som da marcha, mas não víamos nenhuma troca acontecer dentro do palácio. É claro! Estávamos nós e mais uma galera enorme num lugar bem desfavorável para assistir à troca acontecer dentro destes portões! E a gente ainda achou que iria se dar bem rsrsrs Toda a troca aconteceu do lado de lá, do lado direito do palácio, e tudo o que conseguimos ver foi isso daqui que está na foto.  Não sei se a troca acontece sempre do outro lado, mas, se você ainda não fez esse programa, aconselho se informar antes sobre o melhor ponto de observação para não passar pelo o que a gente passou. E chegue com antecedência! 


Ah, gente, quanta decepção! Depois de tanto perrengue ali espremida na multidão, em pé, por mais de uma hora, para ir embora sem ter visto nada da troca! Quando nos demos conta, já tinha terminado tudo. Saí muito revoltada!!! rsrsrs
    

Retornando pelo Green Park:

Já não nos sobrara tempo de fazer mais nada naquele domingo, pois precisávamos fazer o check-out no hotel e rumar para o aeroporto de Gatwick.



E lá fomos nós - e mais um tanto de gente que estava em frente ao Buckingham Palace - de volta à estação de metrô do Green Park, na outra ponta do parque. Mas uma coisa eu digo: esse programa na capital britânica, never more!


E as cadeiras de Green Park que horas antes estavam vaziam agora mostram-se ocupadas por pessoas lendo ou só descansando. O tempo voltava a esquentar.


A estação do underground (metrô) de Green Park deixa o passageiro mesmo dentro do parque.


As últimas horas em Londres:

Back to Euston Station! Veja como são extensas as escadas rolantes do metrô de Londres. Por isso, para não atrasar a vida de nenhum passageiro, fique sempre parado do lado direito da escada (Stand on the right!).


Euston Station é a estação do metrô (tube station) que fica mais perto do hotel Ibis London Euston St Pancras (tem uma entrada que fica mesmo em frente ao hotel), onde nos hospedamos nesta viagem. É uma das estações mais movimentadas de Londres, pois é também uma estação ferroviária de onde partem trens para diversos destinos long-distance. Devido a seu tamanho e importância, a Euston Station conta com várias lojas, lanchonetes (Burger King etc.), farmácias e ainda é cercada por um ótimo comércio. Há inclusive dois supermercados ao lado, o que facilita muito a vida do turista. Ah, a Euston Station fica a apenas duas estações da Camden Town Station. 


Aqui já estamos no aeroporto de Gatwick, no restaurante Frankie & Benny's (New York Italian restaurant and bar), cerca de uma hora e meia antes de embarcarmos para Portugal. O restaurante é grande, o cardápio é bom e os preços razoáveis. Porém, o serviço é demorado, a não ser que tivéssemos tido azar naquele dia. Por causa da demora do restaurante, não tive tempo de ir ao Free Shop do aeroporto, que é ótimo, e tive praticamente de engolir a comida.  E por mais um pouco teríamos perdido nosso voo. Tudo bem que o nosso tempo não estava nada folgado, mas o erro da garçonete foi ter me respondido que o nosso almoço não levaria mais de trinta minutos para ficar pronto. Porém, levou quase uma hora e mesmo assim porque eu reclamei. Então meu conselho é que você evite este restaurante se você estiver a pouco tempo de seu embarque. Tirando esse problema, vale a pena comer aqui. Quer ter mais uma noção de quanto custa um almoço "básico" em um restaurante assim em Londres? Então aí vão os valores (em libras) do que consumimos neste dia no Frankie & Benny's:   1 Beer Battered Fish and Fries (peixe frito e batata frita) - 11.25; 1 Steak and Fries (bife e batata frita) - 11.45; 1 Stella Artois Pint - 4.40; 1 Coca Cola - 2.75; 1 Strathmore Still 330 ml (água) - 2.65. Valor total da conta: 32.50 libras.


Ibis London Euston St. Pancras:

Reservei o final da postagem para falar um pouco do hotel Ibis London Euston St Pancras. Posso dizer que este Ibis superou minhas expectativas. Digo isso não por causa do quarto em si, cujo tamanho e padrão não diferem muito daqueles dos demais hotéis da rede, mas por causa das instalações, atendimento, localização e custo-benefício. É tudo novinho e de estilo moderno, os ambientes são confortáveis e relativamente espaçosos, os atendentes são muito atenciosos e, como relatei acima, o hotel fica em frente a uma estação de metrô (Euston). Com certeza, eu me hospedaria aqui novamente. As tarifas do hotel são muito boas (e você consegue ainda melhores tarifas se reservar com antecedência), considerando outros hotéis de mesma categoria turística numa cidade cara como Londres. Tudo bem que o café da manhã não está incluído na diária (mas a maioria dos hotéis turísticos em Londres não inclui), mas o valor da diária compensa, sem contar que há hotéis que oferecem um café da manhã tão ruinzinho que você até dispensa.


E por que escolhi o Hotel Ibis London Euston St Pancras desta vez? Porque queria ficar perto da estação King's Cross para quando fosse embarcar de trem para Edimburgo. Este Ibis está a uns 10 a 15 minutos de caminhada até a King's Cross ou a uma estação de metrô a partir da Euston Station. Mas atenção: andar com malas pelas ruas até a estação King's Cross, mesmo ela estando perto, não foi tarefa fácil. Nós optamos por andar até a estação em vez de pegarmos o metrô porque, às vezes, é mais trabalhoso de metrô, já que é um tal de subir e descer escadas, sem contar que os vagões podem estar cheios.  Se você estiver hospedado no Ibis London Euston St Pancras e não quiser passar por esse perrengue de carregar suas malas até a King's Cross, vale a pena pegar um táxi. 


Hotel Ibis London Euston St Pancras. Gostoso este sofá...


Uma das salas de espera do Hotel Ibis London Euston St Pancras. Não chegamos a ver as outras instalações do hotel, mas você pode ver fotos em seu site


E quanto aos quartos do Hotel Ibis London Euston St Pancras? Olha, não tenho o que reclamar porque estava tudo limpinho, novo ou semi-novo. Quanto ao tamanho e ao que oferece, não tenho nada a falar a não ser que não foge dos padrões dos quartos da rede Ibis. O hotel é de categoria econômica, então não espere além daquilo que você pagou. Os hotéis em Londres são muito caros e mesmo um Ibis pode pesar no orçamento. 


Como se vê, quase não há espaço para as malas no pequeno quarto (só dá para duas pessoas) do Ibis London Euston St Pancras. Mas posso dizer uma coisa? A gente se virou muito bem com ele. E por que pagaríamos uma fortuna por um quarto maior e mais confortável se o usamos praticamente somente para dormir? O banheiro do nosso quarto também era na medida certa e estava limpinho.


O pequeno armário do quarto do Ibis London Euston St Pancras. Os quartos daqui não têm frigobar, mas este Ibis tem ar condicionado, coisa que muitos hotéis econômicos em Londres não oferecem (inclusive da própria rede Ibis, se eu não estiver enganada). Não tivemos problema com barulho da rua nem com outros hóspedes de apartamentos vizinhos.  Vista bonita, não há. Enfim, levando a experiência que tivemos, acho este Ibis uma ótima opção para quem não quer gastar muito com hotel e não se importa com o tamanho do quarto, principalmente quem vai ficar poucos dias na cidade e passar a maior parte do tempo fora. Só não me pergunte sobre a internet porque nem tive tempo de usá-la. Mais comentários sobre o Ibis London Euston St Pancras no Tripadvisor.    



Neste vídeo, mostro um pouquinho de Londres à noite (Oxford Street e Piccadilly Circus), de Green Park e do desfile da troca de guarda em frente ao Buckingham Palace.


Então, é isso aí! Se você ainda não conhece Londres, reserve ao menos 5 noites para ela. Mas, se não puder, tudo bem. Mesmo que ficasse mais tempo, de qualquer maneira, você iria querer voltar. E não há nada melhor do que já ir pensando numa desculpa para revisitá-la! Até a próxima, London!



Data desta viagem: Julho de 2013



Viagens internacionais de trem a partir de Londres:

Não se esqueça de que, a partir de Londres, você pode chegar de trem, de maneira bem prática, a três destinos internacionais fantásticos: Paris, Edimburgo e Cardiff.

Veja também as postagens anteriores de Londres:

Londres - 1ª parte

Londres - 2ª parte