Rio de Janeiro (11ª parte)

O Rio de Janeiro tem paisagens incríveis e muitas opções para o lazer. Neste post, mostro o Morro do Pão de Açúcar, um dos principais cartões-postais da cidade, o Parque do Flamengo, a Praia da Reserva da Barra, a Praia da Barra da Tijuca e o Quebra-Mar da Barra.


A melhor atração do Botafogo Praia Shopping é a vista que oferece: a Enseada de Botafogo com o Morro do Pão de Açúcar e os bondinhos no vaivém. Clique na imagem para ver num tamanho maior os quatro bondinhos da foto.




Na varanda desse shopping, você está em um dos melhores locais para ser fotografado na companhia desse cenário deslumbrante.



O Parque do Flamengo, que é bem extenso, é um ótimo destino para o lazer. Aqui, estamos em frente ao restaurante Porcão, uma das melhores churrascarias da cidade.



No Parque do Flamengo, você tem a opção de pescar, andar de bicicleta, caminhar ou curtir a praia. O que não falta é natureza. Na foto, estou nas proximidades do restaurante Porcão.



Hoje a visita foi à Praia da Reserva, na Barra da Tijuca. Aqui estou próxima do restaurante Toca da Traíra.



A Praia da Reserva é muito mais tranquila do que a Praia da Barra da Tijuca. Por esse motivo, artistas famosos costumam parar por aqui. Seguindo de carro por esta avenida, chega-se à Praia do Recreio.



Fomos experimentar a Toca da Traíra, em frente à Praia da Reserva da Barra. O peixe sem espinha é a especialidade do restaurante.



A Praia da Reserva fica entre a Praia da Barra e a Praia do Recreio.


Nesta foto, dá para ver como a Praia da Reserva é tranquila. Para quem quer curtir um lugar mais sossegado sem sair da Barra da Tijuca, este é o point. Aqui, só não há muitos quiosques, mas existe um muito bom que serve petiscos e almoço chamado Pesqueiro. Veja-o no vídeo no final deste post.



Para fazer a vontade do sobrinho, vale tirar o salto alto e caminhar na areia de vestido longo.


Sobrinho e tia chegando depois de uma corrida atrás dos pombos que passeiam pela areia da Praia da Reserva.



Agora estou em frente à Praia da Barra, na altura do Posto 4, na calçada de um pequeno mall que conta com a presença do bar e restaurante Devassa. O restaurante é famoso por causa de sua saborosa cerveja. Vai, então, a dica para quem quiser tomar uma cerveja gelada depois da praia.



Em frente ao Hotel Windsor. O 5 estrelas fica na Avenida Lúcio Costa (antes chamada de Sernambetiba), de frente para a Praia da Barra.




Curtindo um dia de outono caminhando pelo calçadão da Praia da Barra.



Percebe-se que este trecho da Praia da Barrra (perto do Hotel Sheraton) é bem mais movimentado do que a afastada Praia da Reserva.




O hotel mais luxuoso do pedaço: o também cinco estrelas Sheraton.



O Quebra-Mar da Barra da Tijuca é um lugar bem aprazível. Fica antes da Praia do Pepê. Você pode começar seu passeio pela Praia da Reserva, depois esticar até a Praia da Barra, em seguida parar na Praia do Pepê, e terminar aqui, no Quebra-Mar. De carro, é claro.



O Quebra-Mar é um ótimo lugar para bater um papo com os amigos.



O extenso calçadão do Quebra-mar. Do lado esquerdo, os jet skis agitam as águas calmas do mar. Do lado direito, os surfistas esquentam as águas mais agitadas. E no final deste calçadão, de frente para você, mais surfistas treinam suas habilidades. Mas nesse ponto, cuidado para não tomar banho das ondas que batem nas pedras, explodindo água para todos os lados!



Quebra-Mar da Barra.



O surfista pegando onda, à direita.



Os praticantes de jet skis deixando rastro de suas acrobacias na água.


Sites de interesse:


O Pesqueiro da Praia da Reserva da Barra, que está mais para restaurante do que para quiosque, fica à beira-mar. O local conta com bons banheiros. A boa música ao vivo é envolvente, ainda mais quando homenageia a Cidade Maravilhosa.



O Quebra-Mar é um dos lugares mais bonitos da Barra da Tijuca.

Punta del Este, Uruguai

Punta del Este, a "Saint-Tropez da América do Sul", é pura adrenalina no verão. Nas outras estações, ela se comporta de forma bem diferente.



A fachada do hotel AWA, onde ficamos hospedados.



O hotel tem uma decoração assim, toda branquinha. Muitos hóspedes gostam de tomar o café da manhã neste ambiente.


Esta é a piscina do hotel. Perfeita para o verão.


E, aqui, a banheira Jacuzzi do spa. Excelente para um banho relaxante no fim do dia.


Este é um mirante para ver a Playa Portezuelo e a Playa Mansa.



Em Punta Ballena, perto da Casapueblo, podemos comprar artesanato dos ambulantes.



E apreciar uma bela vista do mar e de Punta del Este. Punta Ballena também é uma península e fica coladinha com Punta del Este.



Na encosta íngreme (ao fundo), está a casa-escultura Casapueblo.






A Casapueblo, que fica de frente para o mar e o horizonte, é residência do artista plástico Carlos Paez Vilaró.


Olhando para os traços da casa, dá para entender por que ela é uma escultura? Levou 36 anos para ser construída à base de cal e cimento.



A Casapueblo também é um hotel que conta com 70 quartos. Deste lado fica a piscina.






Um dos ambientes da Casapueblo com peças de Vilaró em exposição.



Os prédios luxuosos de Punta del Este.



O farol de Punta del Este é de 1860.



O Punta Shopping.



O Il Mondo Della Pizza, no Punta Shopping.



Na baixa temporada, o Punta Shopping também fica com muito pouco movimento.



À noite, fomos ao Conrad, que é um complexo luxuoso de hotel e cassino.



O hall do hotel estava tranquilo, mas o cassino estava movimentado.



Por aqui, ficam as lojas do Conrad.



Apesar do vento gelado, quis ver a bonita fachada iluminada do hotel e do cassino Conrad.



Para mim, o lugar mais bonito de Punta del Este é o porto.



Os patinhos que nadam pelas águas do porto deixam o cenário ainda mais bonito e romântico.



O puerto de Punta del Este é lugar para caminhar e descansar.



Há vários restaurantes no porto. Imagino a movimentação que deve ter aqui no verão.


As embarcações no porto dão um tom todo elegante a Punta.


Achei Punta um lugar muito romântico no outono. No porto, há um clima de paz que mistura o silêncio do lugar com os ruídos dos pássaros.



Lobo-marinho tomando sol em terra firme! Coisas de Punta...



Parrilla, mariscos, chivitos... Várias são as opções gastronômicas em frente ao porto.



Um bom programa em Punta del Este é passear pela rambla do porto ou sentar por ali e ver a vida acontecer.



Observe, ao fundo, os tipos de prédios em Punta.


Passeando pela Rambla General Artigas, a do porto.



Oba, conseguimos alguém para tirar foto de nós três juntos!


O porto é um dos lugares mais procurados para se assistir ao pôr-do-sol.



O porto dá as boas-vindas.



Pela orla, observamos muitos restaurantes bem bonitos. Estavam vazios não só porque era outono, mas também porque era cedo para uma cidade que é conhecida por despertar tarde.



Alguns restaurantes servem na calçada da orla. Deve ser bem mais gostoso sentar ali no verão.



Sempre caminhando em frente a partir do porto, encontramos um lugar ideal para apreciar o mar e as construções do balneário.



Encontramos também uma praça com bonitas esculturas.



As esculturas ficam perto do restaurante giratório de Punta, esse prédio marrom.


O Conrad fica na Playa Mansa. Punta se divide entre esta praia e a Playa Brava.



A Isla Gorriti (ao fundo) pode ser vista quando se está na Playa Mansa.



O internacional balneário muito deve sua fama ao hotel Conrad, chamado de "A Las Vegas da América do Sul".



Todos dizem que as águas das praias de Punta são bem frias até no verão.


Esses prédios, que ficam perto do Conrad, chamam a atenção. São modernos e muito bonitos.



Mamãe na passarela da Praia Mansa, que tem águas tranquilas e rasas porque é banhada pelo Rio da Prata.



Já a Praia Brava tem ondas porque é banhada pelo Oceano Atlântico, por isso, é boa para a prática do surf. A escultura La Mano fica na Praia Brava.



La Mano é um dos cartões-postais mais fotografados de Punta.


A principal via do centro é esta aqui, a Av. Gorlero.


Acabamos de comprar nossos souvenirs em uma loja da Av. Gorlero. Aqui, você encontra várias delas.



A Av. Gorlero é pequena, mas conta com várias lojas, galerias e restaurantes.



Aqui, na Plaza Artigas, fica a Feria Artesanal.



Vale conferir a Feria Artesanal e outras feirinhas em Punta.



Av. Gorlero, ao anoitecer. No verão, esta avenida, a essa hora, estaria cheia de gente.



No dia seguinte, partimos de manhã para o passeio à Isla de Lobos.



Este foi o barco, Sea Wind, que nos levou à Isla de Lobos.



No meio do caminho para a ilha, deparamo-nos com esta embarcação que naufragou há não sei quantos anos. O guia falou, mas não guardei.



Os lobos-marinhos estão lá em cima das rochas. Já ouço seus ruídos.



Na Isla de Lobos, há um farol e milhares de lobos-marinhos. E muitos pássaros sobrevoando aquele cenário, emitindo altos sons. É como se a natureza gritasse aos nossos ouvidos naquela paisagem que parecia ter saído de um filme.



Eles ficam esparramados ou brincando nessas pedras.



Esta foto está em close, mas o barco consegue chegar bem perto dos bichinhos.



Adorei observar o modo de nadar dos lobos-marinhos.



Quando retornamos da Isla de Lobos, fomos observar os fujões que vieram à procura de peixes nos barcos dos pescadores. Consegue enxergá-los aqui?



Ah, não diga que eles são feiosos. Eu os acho tão fofos.



E tinha até uma foca no meio dos lobos-marinhos.



O pescador dá um resto de peixe para você colocar na boca do lobo-marinho. Depois, você dá um trocado para o pescador.



O lobo-marinho abocanhando o peixe. Parece que tem "gente" de olho na sua comida.



No último dia em Punta del Este, demos uma volta de carro em Beverly Hills e apreciamos suas mansões. É um bairro muito tranquilo. Deve ser bom pedalar por aqui.



Nosso motorista ia mostrando as mansões e revelando o nome de seus proprietários famosos.



Esta ponte de duas lombadas é um dos ícones da cidade e uma sensação para quem a atravessa.




A ponte se chama Leonel Vieira ou "Ponte Ondulada". Atravessando-a, você está em La Barra. E um pouco mais adiante, já está em José Ignacio, vilarejo de cem habitantes.




Conheci a outra identidade de Punta del Este, aquela que muitos não fazem questão de descobrir. Sim, porque Punta del Este tem dupla personalidade: a Punta ostensiva, chique, frenética e extrovertida (os “toplesses” não deixam mentir), que é a da alta temporada (entre final de novembro e meados de março), e a Punta mais modesta, discreta, reservada e até um pouco melancólica (é só olhar as ruas e as praias vazias), que é a da baixa temporada (na época mais fria). A Punta famosa é a extravagante. Mas eu me apresentei à cidade no outono, quando muitos fãs (entre os internacionais, muitos brasileiros e argentinos) a deixam mais livre para o assédio dos menos famintos de esportes aquáticos, praias, boates, agito e glamour. Tem gente que prefere essa Punta mais pacata e tranquila porque está mais “disponível”, menos disputada. Mas o que adianta sentir-se mais íntimo de um lugar se não o conhecemos por completo? E aí está o dilema. É melhor conhecer Punta del Este na alta temporada ou fora dela? Vou tentar responder no final do texto.

O caminho até Punta del Este já dá uma boa prévia das belas surpresas que você encontrará pela frente. Primeiro, pare em Piriápolis — balneário que também pertence ao departamento de Maldonado — passeie por sua avenida, a Rambla de los Argentinos, e suba até o Cerro San Antonio. Depois, rumo a uma outra Punta, que poderia se chamar Punta Bela, mas é Punta Ballena. Aprecie o encontro do mar com o horizonte num cenário que a natureza ajudou a montar. Mas se não faltar muito tempo para a hora do pôr-do-sol, guarde suas palmas para o fim do espetáculo, que, preferencialmente, deve ser assistido num lugar inesquecível. Procure-o em uma encosta íngreme. Ela serve de palco para a principal estrela do pedaço: a Casapueblo.

Construção do artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, a Casapueblo é assimétrica, intrigante, inspiradora ou, no mínimo, “engraçada”, como dizem os versos de Vinicius de Moraes em A Casa. Você ainda encontrará mais adjetivos para a casa quando adentrá-la e descobrir que ela é uma mistura harmoniosa de hotel, museu, restaurante, ateliê e residência de Vilaró. Enquanto você espera pela hora do espetáculo, aproveite para admirar (e comprar) as peças de arte da Casapueblo, faça um lanche no restaurante, observe as curvas da casa, que é considerada uma escultura, e assista ao vídeo no qual Vilaró conta a história de sua vida. Pronto, já deve estar perto da hora para o astro entrar em cena, que é justamente o momento em que ele vai embora. Então, corra para a varanda. A gravação de Vilaró recita o poema enquanto o astro se retira, em total sintonia, numa cerimônia ensaiada todos os dias. Quando o sol se puser juntinho com a última palavra recitada, aí, sim, faça como todo mundo e bata palmas.

Se você vai para Punta del Este de manhã, já pode aproveitar o caminho para conhecer Punta Ballena, só não verá o espetáculo mais procurado de lá, que é o do pôr-do-sol na casa de Vilaró. Depois da visita, então, siga para o balneário internacional do Uruguai. Quando chegar, verá prédios luxuosos cujos apartamentos estão visivelmente vazios. Não se esqueça de que estamos no outono. Sem demora, avistará o prédio mais luxuoso de todos e não terá dúvidas de que é o Conrad. Afinal, quem nunca viu a foto desse hotel em revistas que mostram onde as celebridades passam as férias e se hospedam? Não dá para resistir e deixar de tirar fotos de dentro do carro, mesmo sabendo que você voltará lá, entrará no prédio, conhecerá seu cassino.

Pois bem, tire as fotos e adelante. Dê uma volta pela península antes de chegar a seu hotel. Você depois vai ter tempo de percorrer quase tudo a pé. Continuando, então, passará pelo porto, que é uma das paisagens mais bonitas de Punta. Os barcos, as lanchas, os iates, todos ali paradinhos, descansando, a maioria provavelmente para a próxima temporada. De frente para o porto, localizam-se restaurantes convidativos para o almoço. Aposto como você irá querer entrar num deles depois. Há até uma chiviteria, a Chiviteria Marcos, mas o melhor é aproveitar os pratos à base de peixe e frutos do mar (o peixe típico da região é a brótola). Mas os restaurantes em Punta servem também a tradicional parrilla.

Deixe seu pensamento abrir seu apetite, mas ainda não é hora de sentar para comer. Siga dirigindo (ou sendo conduzido) até a Playa Brava para ver outra escultura intrigante. Afinal, como explicar o porquê de uma gigante mão saindo da areia da praia? Estaria La Mano (1982) pedindo clemência aos céus, como muitos dizem? Estaria se afogando, já que o monumento de Mario Irrazábal também é conhecido como a Mão do Afogado? Ou estaria representando as duas coisas? Mas, há textos que afirmam que o artista chileno construiu La Mano para simbolizar “a presença do homem surgindo na natureza”. Porém, para quê querer encontrar uma explicação para a arte? Muito melhor quando ela nos inspira.

Cada vez mais inspirado, você vai continuar nesse sightseeing tour, agora já quase no fim. Não fique triste por não ter se dado a oportunidade de ser abraçado pela mão da Praia Brava. Com certeza, você vai querer voltar lá com todo o tempo e a maior paciência do mundo para conseguir tirar uma foto da escultura sem que ninguém desconhecido apareça no cantinho dela, já que La Mano é disputada pelas máquinas fotográficas de inúmeros turistas. Lembre-se de que estamos apenas dando uma volta de carro em Punta. Então, vá agora em direção à sua avenida mais movimentada, a Gorlero, que, no verão, fica abarrotada de gente e de veículos. Na baixa temporada, entretanto, você vai se admirar ao ver seu carro andando ali tranquilamente, como se tivesse acesso exclusivo. E vai notar que muitos dos restaurantes e lojas em ambas as calçadas estão fechados.

Finalmente, antes de seguir para o hotel, você ainda pode emendar o passeio com uma volta em Beverly Hills, o bairro das mansões. Depois do check-in, se o dia ainda estiver claro, uma sugestão é sair para bater perna na cidade. Mas, se já for noite, uma boa aposta é o cassino do Conrad, nem que seja só para admirar a linda fachada do hotel toda iluminada. O programa furado à noite na baixa temporada é perambular pelas ruas de Punta, mesmo que seja pela Av. Gorlero, porque elas ficam vazias, tristes e “frrrrias”. Como venta forte em Punta! Mas, se você quiser entrar nessa fria de qualquer jeito para ter o que contar, não se esqueça de sair bem agasalhado.

Eu quis sentir na própria pele e ver com meus próprios olhos o que é uma cidade fria e fantasma à noite. Fomos à Av. Gorlero por volta das 8 horas para jantar. Vimos alguns lugares abertos, como a Freddo e o Burger King. A maioria dos estabelecimentos não estava funcionando. Parecíamos os únicos malucos vagando por aquela avenida. Tentamos caminhar até a Feria Artesanal Plaza Artigas, que já estava cerrada antes do horário normal, mas queríamos ver as peças pelas vitrines. Porém, ventava tanto que desistimos. Preferimos nos abrigar numa galeria cujas lojas também se encontravam fechadas. E voltamos para o hotel. Meia hora depois, fomos para o cassino do Conrad. Valeu a pena. Estava bem movimentado e animado. Não jogo (só alguns dólares para brincar), mas adoro ouvir aquele tilintar das máquinas. Aproveitamos para conhecer as lojas do Conrad e saímos de lá com um souvenir.

Mas se a noite outonal em Punta, fora dos cassinos, pode ser muito triste, o mesmo não se pode dizer em relação às manhãs e tardes. Apesar de o balneário estar pouco movimentado, alguns visitantes elevam o seu astral. E, para começar bem o dia, nada como uma caminhada pela orla a partir do porto até o Conrad, na Playa Mansa. O trecho é um pouco longo, mas dá para fazer a pé parando um pouquinho aqui e ali para apreciar a paisagem. Antes de deixar o porto, entretanto, não deixe de assistir aos lobos-marinhos se alimentando dos restos dos peixes jogados pelos pescadores. Se você não se incomodar com o cheiro na mão, verá que é divertido você mesmo jogar o peixe para o “gorducho” abocanhá-lo. Mas, melhor do que esperar alguns lobos-marinhos darem as caras ao lado dos barcos dos pescadores é vê-los aos milhares na Isla de Lobos. Programa imperdível. Enfim, depois da longa caminhada até a Playa Mansa, a fome vai sugerir um prato com frutos do mar e, para acompanhar, uma cerveja tradicional (a Patrícia, por exemplo) ou um clericot. Depois do almoço, que tal voltar à Praia Brava, fazer compras na Av. Gorlero (de dia tem um pouco de movimento), que dá para ser percorrida a pé, e bisbilhotar a Feria Artesanal Plaza Artigas?

Na baixa temporada, você consegue explorar o essencial de Punta del Este em dois dias. No verão, vai precisar de, pelo menos, mais um dia, pois, com certeza, irá querer ficar um tempo na areia das praias, visitar a Isla Gorriti e esticar até La Barra e José Ignacio. E se você curte boates, ainda há diversão até o amanhecer em diversas casas noturnas, como a Moby Dick.

A essa altura você já deve estar se perguntando se eu afinal gostei ou não de conhecer Punta del Este no outono. É claro que sim! Acho que as fotos não deixam mentir. Gostei muito, apesar do vento frio e incômodo. E das noites desertas. E da falta de táxi. Mas há a vantagem de não se enfrentar filas e pagar tarifas mais em conta em hotéis e restaurantes. Então, tentando responder à pergunta da introdução, colocando tudo na balança, acredito ser melhor conhecer Punta del Este na alta temporada. Apesar de eu não ter passado ainda por essa experiência.

A imagem que tive ao deixar Punta del Este é o motivo mais forte que me faz acreditar ser melhor conhecê-la no verão. Saí de lá com a sensação de estar levando na mente um retrato incompleto do balneário. Nas minhas lembranças, surge uma Punta como se estivesse pintada em um quadro. Fito-o com meus pensamentos e, curiosa, faço as seguintes perguntas: onde entrariam na tela os paradores, os corpos sarados e bronzeados dos jovens, e o desfile dos carros luxuosos? As garotas hacendo dedo (pedindo carona), os surfistas driblando as ondas, a rapaziada entupindo os lugares da moda? E as pinceladas do tom dourado do glamour? Enfim, o maior problema de conhecer Punta del Este fora do verão é que você sai de lá querendo voltar para ver o que não viu. Se é que isso é um problema...
O que mais gostei em Punta del Este:

- caminhar pela orla;
- apreciar a paisagem do porto com suas gaivotas, lobos-marinhos e embarcações;
- conhecer a Isla de Lobos;
- tirar fotos em frente à escultura La Mano;
- caminhar por ruas desertas, inclusive à noite, e não sentir nenhuma insegurança.

Se eu visitaria Punta no inverno?
Não. Se o vento na cidade já é forte e gelado no outono, imagina no inverno...

Isla de Lobos

Poucas embarcações fazem o passeio à Isla de Lobos (a aproximadamente 11 km da costa) na baixa temporada. Na verdade, eu só encontrei uma, a Sea Wind, da empresa Dimartours. Eu teria preferido ir com a empresa Calypso, que tem um barco maior e mais confortável, mas só oferece esse passeio na alta temporada. Porém, tudo correu bem com a Sea Wind. Dois conselhos: não agende seu passeio à Isla de Lobos para seu último dia em Punta porque ele pode não ser realizado devido às condições climáticas. E se você se enjoa facilmente no mar, tome um remedinho para minimizar esse sintoma porque há ondas que fazem o barco balançar por diversas vezes. Por isso, alguns dos passageiros que estavam no barco passaram mal. O tour nos custou 50 dólares por pessoa, um valor um pouco alto, na minha opinião, já que não dura mais que duas horas (são cerca de 40 minutos de navegação para chegar à ilha). Na Isla de Lobos, dizem que há aproximadamente 300 mil lobos-marinhos. É uma das reservas dessa espécie mais importantes do mundo.

Hotéis:

Muitos consideram o Conrad o melhor hotel de Punta del Este, não só por causa do seu cassino (o maior da América Latina e o único privado do Uruguai), restaurantes, teatro (cujo palco recebe shows de diversos artistas consagrados), spa, lojas, etc., como também pela sua fama, que atrai celebridades do mundo inteiro. O Conrad conta ainda com a vantagem de estar na Playa Mansa, aliás, na mesma localização do também bem-conceituado Serena Hotel. Para muitas pessoas, o Serena Hotel lidera a lista dos melhores em Punta. Entretanto, há outros hotéis muito confortáveis que não são tão caros, entre os quais, destaca-se o AWA, onde ficamos hospedados. O AWA tem uma decoração moderna, é lindinho mesmo. O quarto não é muito grande, mas é todo clarinho, limpinho e confortável. O hotel boutique tem até um microcinema e fica numa área muito tranquila e silenciosa, apesar de estar a apenas uns cinco minutinhos de carro do centro. Está pertinho do Punta Shopping; dá para ir a pé até lá. Outro hotel bom é o Days Inn. Difícil é conseguir reserva lá, mesmo na baixa temporada, até porque oferece ótimas tarifas e está muito bem localizado, ao lado do Conrad.

Quem prefere ficar um pouco afastado da agitação da alta temporada de Punta del Este, não lhe faltam excelentes opções de hospedagem. É o caso da Estancia Vik, em José Ignacio, um hotel fazenda que é tudo de bom. Em La Barra, tem o Mantra, com cassino e spa. Perfeito para aqueles que procuram por mais tranquilidade sem abrir mão de mimos e conforto. Por isso, o Mantra já rivaliza com o Conrad. E em Punta Ballena, a Casapueblo oferece a oportunidade única de se estar num quarto que é parte integrante de uma escultura, que é a própria casa. Enfim, há inúmeros lugares para se desfrutar de uma boa estada em Punta del Este ou em seus arredores, mas fique atento porque na alta temporada ficam lotados. Faça sua reserva com antecedência, principalmente para o réveillon.

Táxis em Punta:

Não sei se era devido à baixa estação, mas quase não passavam táxis pelas ruas de Punta. Sim, eu estava ciente de que não havia muitos no balneário, mas achava que só precisava ter um pouco de paciência até chegar um. Porém, percebi que os táxis em Punta só funcionam quando você pede de um hotel, de um restaurante, ou de seus terminais (vimos poucos). Pelo menos não tivemos a sorte de pegar nenhum fora desse contexto. Se você não souber onde há um ponto de táxi, é melhor perguntar a alguém antes de perder tempo andando à-toa. Acontece que naqueles dias de outono quase não se via gente na rua. Um dia saímos do Conrad por volta de umas duas horas da tarde e fomos caminhar. Depois de uma meia hora, queríamos pegar um táxi até o porto para almoçar. Até porque ali perto de onde estávamos não havia nenhum restaurante aberto. Estávamos cansados e ficamos um tempo parados na Playa Mansa à espera de um táxi. Mas nada... Então, tivemos de andar até uma rua ao lado do Conrad, pois sabíamos que ali havia um ponto de táxi. Quando, finalmente, chegamos lá, para nossa surpresa, não havia um táxi sequer naquela tarde de sábado. Encontramos uma funcionária dentro da cabine que nos informou que todos os táxis tinham ido buscar clientes no aeroporto e frisou que iriam demorar. E nos desejou boa sorte! Sugeriu-nos caminhar mais umas quatro quadras para ver se conseguíamos um táxi em outro ponto. Naquele momento eu entendi mais do que nunca por que é aconselhável alugar carro em Punta. Bem, ficamos parados ali por uns 5 minutos pensando no que fazer, quando ela nos falou que tinha conseguido um táxi para a gente ligando para outra empresa. “E por que não fez isso antes?” pensei. Não sei, mas tive a impressão de que ela só fez isso porque tinha ficado com pena da minha mãe, que já é idosa. Enfim, o táxi que ela pediu chegou em menos de 10 minutos. Comentei o ocorrido com o motorista e ele me disse que não era difícil pegar um táxi lá, bastava ligar para ele, pois se ele não pudesse fazer a corrida, outros motoristas da mesma empresa fariam. Então, eu não bobeei e peguei o cartão dele. Portanto, um conselho para quem precisar de táxi em Punta: carregue sempre um celular ou um cartão de telefone público para quando isso acontecer. E, claro, alguns cartões com os números de telefone de motoristas de táxi. Se na baixa estação os táxis são escassos pela falta de clientela, no verão também devem ser difíceis pelo excesso de visitantes. E saiba de antemão que os táxis em Punta são mais caros do que os de Montevidéu.

Notas:

— Para se ter uma ideia dos valores das refeições em Punta (na baixa temporada), pagamos o seguinte para 3 pessoas para uma refeição relativamente simples com bebidas e taxa de serviço de 10%: restaurante Napoleón (na Rambla Artigas): 1.843 pesos uruguaios; restaurante Il Mondo Della Pizza (no Punta Shopping): 1.320 pesos uruguaios. No verão, prepare-se para garfadas maiores no seu bolso.

— O restaurante Napoleón, que fica em frente ao porto, serve parrillada, peixes e mariscos. Foi lá que eu experimentei a famosa bebida de Punta chamada clericot, que é tipo uma sangria, só que com vinho branco. Uma delícia!
— No bairro chique de Parque de Golf (perto de Beverly Hills), o charmoso hotel L’Auberge, de belos jardins, recebe clientes para seus waffles de doce de leite, que são a perdição na hora do chá. Aliás, esse hotel é outra opção bacana de hospedagem em Punta.

— Ônibus também são poucos em Punta. Se foi difícil pegar um táxi na baixa temporada, imagina como seria pegar um ônibus.

— Não fomos a nenhuma boate porque não é nossa praia. Mas será que alguma funciona na baixa temporada? Boa pergunta. Sei que a maioria fecha a exemplo da famosa La Plage, na Playa Brava. No verão, a cidade oferece inúmeras casas noturnas, como as de La Barra, por exemplo.

— Por falar em La Barra, as praias de lá são verdadeiros points no verão, principalmente as praias de Bikini e Montoya. As do vilarejo de José Ignacio também ficam lotadas. Claro, não falo por experiência própria, pois só conheci Punta no outono. Mas esta informação é passada por todos que entendem bem de Punta na alta temporada.

— A maioria das lojas em Punta aceita reais, dólares e pesos argentinos. Então, não vale a pena comprar muitos pesos uruguaios.

— Prove os doces de leite de LaPataia, especialmente a tableta de dulce de leche, que eu achei uma delícia. É um tablete fino com um recheio cremoso de doce de leite. Não se esqueça de que o Uruguai faz um delicioso dulce de leche, uma das especialidades do país. Os alfajores de Punta Ballena também são muito procurados, mas há um bombom de chocolate preto com recheio de doce de leite chamado Bocadito Negro que, para mim, é mais gostoso do que os alfajores.

— Chegamos a Punta del Este de carro, a partir de Montevidéu, passando por Piriápolis, onde fizemos uma parada para um tour privado de aproximadamente duas horas. Fomos com motorista/guia e pagamos por esse serviço 220 dólares. O transfer privado de volta, como não tinha nenhum tour incluído, custou 160 dólares. O contato com a agência do transfer foi feito através do hotel Cala di Volpe, onde ficamos hospedados em Montevidéu.

— Punta fica a aproximadamente 140 km de Montevidéu ou a menos de duas horas de carro. A estrada é ótima.

— Quem disse que não há “favela” em Punta? Eu fiquei surpresa quando o guia me mostrou uma pequena “favela” à beira da estrada no caminho para La Barra.

— Você não precisa ser hóspede do hotel Conrad para frequentar seu cassino (funciona 24 horas), restaurantes e casa de show. Inclusive, se seu desejo for só entrar lá para conhecê-lo, não há problema. Você pode tirar fotos do hotel, mas do cassino, nem pensar, assim como em qualquer outro.

— Em Punta Ballena, você também pode visitar a fazenda Tambo Lapataia, que produz doce de leite. É um tour muito famoso.

— Não fomos à Isla Gorriti (também chamada de Isla de Caras) porque só daria para vê-la por fora, não daria para desembarcar nela porque a água do mar invadia a ilha (no verão, não há esse problema). Ali, chega-se em 20 minutos. Há traslados diários que saem do porto até Gorriti a cada 30 minutos.

— Há paradores na beira das praias no verão, que são decks equipados com chaise lounges e guarda-sóis. Muitos com bares e restaurantes! E tocam música lounge. Que chique, não? Eles fazem parte da moda puntaestenha. Mas são pagos.

— Outras particularidades de Punta apontadas por todos os guias de viagem: (1) nas praias, os homens não devem usar sungas, só bermudões; (2) ninguém vai à praia de manhã porque todos acordam tarde; (3) até dez vezes mais pessoas a visitam no verão.

— Em José Ignacio, talvez você queira ir (no verão) ao restaurante La Huella, que fica num deque de madeira na praia. Super famoso e cheio, por isso, é preciso fazer reserva com antecedência. Sua especialidade são os frutos do mar.

Sites de interesse:
Para ver outras fotos do hotel AWA, clique aqui.

Para ver outras fotos da Casapueblo, clique aqui.

Abaixo, o vídeo mostra um pouco da Casapueblo, da Isla de Lobos e dos lobos marinhos ao lado dos barcos dos pescadores no porto.



Data desta visita: abril de 2010.