Buenos Aires, Argentina (1ª parte)


Meu tour em Buenos Aires começou pela famosa rua El Caminito. Este ponto é o cartão-postal de El Caminito.



Shows de tango nos palcos dos restaurantes para atrair a clientela.




O Centro Cultural de los Artistas, no bairro La Boca, é um antigo cortiço que atualmente conta com várias lojas de souvenirs e artesanato.



No Centro Cultural de los Artistas, mais precisamente, dentro de uma galeria de arte.




"Lava roupa todo dia, que agonia..." Me lembrei da canção ao ver esta estátua no centro cultural.




Encontramos uma celebridade no caminho para La Bombonera, o ex-jogador do Boca Juniors, Diego Armando Maradona.




As casas multicoloridas são uma das maiores atrações do bairro La Boca. Das sacadas das casas, diferentes personalidades se debruçam para cumprimentar os visitantes. (Clique na foto para ver melhor as estátuas nas sacadas: à esquerda, Gardel, Eva Perón e Maradona.)




Em La Boca, os dançarinos de tango mostram suas habilidades.





Aqui você também encontra muitos trabalhos artísticos expostos nas ruas, principalmente, pinturas.





O famoso estádio de La Boca, que se chama La Bombonera. O estádio é do Clube Atlético Boca Juniors.





Muitos casais, como nós, pagam para tirar esta foto e levar para casa uma lembrança engraçada do bairro e da cidade. Coisa de turista mesmo.





Deixamos La Boca e nos dirigimos para San Telmo, bairro onde vários músicos se apresentam.





A feira de antiguidades ocorre na Plaza Dorrego.





O Mercado San Telmo existe desde 1897.





Na casa de tango El Balcon, em San Telmo, arrisquei uma pose de dançarina de tango.




No El Balcon, os clientes podem subir no palco e dançar tango com os experts.



A feira da Plaza Dorrego vista da sacada do El Balcon.



O Cementerio de la Recoleta é ponto turístico devido a seus monumentos de grande valor artístico.



Buenos Aires Design Center, na Recoleta, vale a visita também por causa do internacional Hard Rock Café (na foto, no final do corredor).



Na Recoleta, em frente à escultura Floralis Genérica.



Na praça da Floralis Genérica, boa opção para o descanso.



Passeando pelo chique bairro da Recoleta. Na foto, o famoso Hotel Alvear.



Caminhando pela Avenida Corrientes. Na foto, uma estação de subte (metrô).



Muitas lojas ficam abertas na Av. Corrientes até tarde da noite. (Na foto, o Obelisco, ao fundo.)



No dia seguinte, voltamos ao Obelisco, na Av. 9 de Julio.


Na praça do Obelisco.



A movimentada Avenida 9 de Julio, a mais larga do mundo.



O Obelisco é o símbolo da cidade portenha.


Em frente a uma outra estação de subte; há várias na cidade.



Calle Florida, a rua só para pedestres é destino certo para compras.



Galerías Pacífico vale a visita não só pelas compras, mas também pelos belíssimos afrescos nas paredes.



O interior das Galerías Pacífico.



O pátio das Galerías Pacífico.



Torre de los Ingleses, ao fundo.



Na bonita Plaza San Martín.



Monumento al Libertador General José San Martín, na Plaza San Martín.



A Guarda na Plaza San Martín.



A excelente cafeteria Havanna, no Retiro.



Nenhuma visita a Buenos Aires é completa sem uma passada pelo tradicional Café Tortoni.



No andar de baixo do Café Tortoni, esperávamos pelo show de tango.



A esta hora o restaurante em frente ao palco do show ainda estava um pouco vazio, mas fomos alertados a chegar na hora para não perdermos nossa reserva.



Fim do show. Voltaremos a pé para o hotel.



O Obelisco iluminado à noite fica bem mais bonito.



Em frente ao suntuoso Palácio del Congreso Nacional.



Praça em frente ao Palácio del Congreso Nacional.



Passeando rumo ao Centro, encontramos interessantes monumentos.



Outro monumento no Centro.



Feira no chão da rua Perú.



London City, famosa cafeteria de Buenos Aires.


Em frente à Catedral Metropolitana. É linda por dentro.



Perto da Catedral. O Obelisco ao fundo.



A Casa do Governo, mais conhecida como Casa Rosada.



Banco de la Nación Argentina, à esquerda.



Parte detrás da Casa Rosada, sede do governo argentino.



El Cabildo é este prédio antigo e branco.




A Estación Perú de Subterráneo foi a primeira linha da América do Sul.



A Farmacia de la Estrella existe desde o século XIX.



Teatro Colón, fechado para obras.


Puerto Madero é o mais novo bairro da capital.



Puerto Madero foi revitalizado para uma incrível área de lazer.



Puente de la Mujer, principal atração de Puerto Madero.



Rua em Puerto Madero, com vários restaurantes.



Apreciar o Río de la Plata é um dos melhores programas em Puerto Madero.



Siga la Vaca, em Puerto Madero. O restaurante é referência para uma deliciosa parrillada.



O Río de la Plata à noite fica ainda mais bonito.



Alto Palermo Shopping, na Av. Santa Fé.



O Jardín Botánico conta com várias espécies de plantas.



O Jardín Zoológico é sempre uma diversão para qualquer idade.



Saindo do zoológico, você encontra o Monumento de los Españoles.



O Jardín Japonés é uma graça.



Uma das famosas lojas de Palermo Viejo.



Uma das edificações mais bonitas da cidade: El Palacio de las Aguas Corrientes.


Cementerio de la Recoleta. Sim, é um ponto turístico, mas, sinceramente, não gostei deste "passeio". Não gosto de cemitérios, por isso passei por aqui rapidamente. Fui mais por uma "obrigação turística". Mas, sim, o cemitério é muito bonito.   

Túmulo de Evita Peron, uma das "atrações do Cemitério de Recoleta.


Túmulo de Evita Peron.


El Rosedal. Preciso dizer o que achei deste parque?


O Parque El Rosedal.


No Parque El Rosedal.


O Parque El Rosedal tem muitos ambientes que são muito agradáveis de se ficar.


Para quem gosta de jardins, o Parque El Rosedal é visita obrigatória!


Parque El Rosedal.


Vários tipos de flores no Parque El Rosedal.


Flores amarelas, brancas, vermelhas, rosas são vistas aos montes no El Rosedal.


Para quem tem tempo em Buenos Aires, um passeio de barco no Parque El Rosedal deve ser muito gostoso. E muito romântico também.


A graciosa ponte no Parque El Rosedal. 


O lago no El Rosedal.


O Patio Andaluz no Parque El Rosedal.


O Shopping Abasto, na Av. Corrientes, é o melhor de Buenos Aires. É grande e bem bonito por dentro. Vale a pena passar pelo menos uma horinha aqui para fazer umas compras, comer, ou simplesmente apreciar.



Uma capital que respira história e cultura. Sua arquitetura revela traços franceses, espanhóis e italianos. Possui lindas obras arquitetônicas. Os cafés existem em cada esquina, dos mais tradicionais aos mais modernos. As milongas são pura diversão. As casas noturnas; um agito só. A carne é de dar água na boca. E os postres mais ainda. O Vinho Malbec dispensa comentários. O tango faz parte da tradição. Pertence ao país que é o maior produtor de vinhos da América Latina. De grande variedade cultural, é considerada a mais europeia desse continente. Esta é Buenos Aires, a queridinha de muitos brasileiros.

Prepare-se porque o texto é longo. Quem disse que falar da capital argentina é rápido e simples? Para começar, anote aí os bairros mais visitados da “Paris da América Latina”: La Boca, San Telmo, Retiro, Palermo, Recoleta, Puerto Madero e Centro. Foi por esses lugares que nós andamos em janeiro de 2009. Como tenho muita coisa para falar sobre cada um deles, achei mais fácil organizar o relato dessa viagem em forma de diário.

17/01 — Chegada à noite. Traslado ao hotel.
18/01 — La Boca, San Telmo, Recoleta, Av. Corrientes, Obelisco
Tomamos café um pouco tarde e partimos para conhecer o famoso bairro La Boca, na periferia da cidade. Por isso, não é aconselhável visitar o local à noite. Estava curiosa para ver de perto suas casas de cores vibrantes (verde, amarelo, vermelho, azul, etc.) feitas com chapas de zinco e madeira que tanto chamaram a minha atenção nas fotos que eu tinha visto antes da viagem. As casas (cortiços, na verdade) são dessa forma porque os imigrantes italianos (daí a notável influência italiana no bairro), sem condições financeiras, usavam restos de tintas e pedaços dos barcos para construí-las.

El Caminito, apelidado de “Museu a Céu Aberto” ou “Museu ao Ar Livre”, ou ainda de “Rua-Museu”, foi o ponto que escolhemos—e que normalmente todos escolhem—para começar a explorar La Boca. Nessa rua, você encontra, além das casas pintadas (muito interessantes com suas sacadas ocupadas por estátuas que representam figuras ligadas à história do país; são caricaturas de ídolos tais como Gardel, Eva Perón e Maradona), diversas formas de arte, principalmente pintura e dança, esta última, nem precisaria dizer, o tango. Aliás, muitos afirmam que foi em La Boca que o tango nasceu. O que mais me atraiu no bairro foi justamente o tango. À porta de vários restaurantes, os dançarinos exibem seus passos para o público parar, assistir e, quem sabe, entrar, tomar uma cerveja (por exemplo, a Quilmes, a preferida dos argentinos) e ficar para o almoço? Com o cardápio nas mãos e à entrada dos restaurantes, os funcionários, muitos simpáticos, convidam as pessoas para sentar e apreciar a música e a dança. Uma boa estratégia essa para atrair os clientes, não?

O que mais você vai encontrar em La Boca? Artistas de rua, como aqueles que fazem estátua viva, muitas lojas de souvenirs, o Centro Cultural de los Artistas, o Diego Maradona (claro, só uma estátua grande, oops, nem tão grande assim), o Museo Histórico de Cera e o Museu de Bellas Artes de la Boca. Mas, não pense que eu me esqueci de citar a outra grande atração de La Boca, talvez só perdendo para El Caminito. O bairro atrai muitos visitantes também por causa de um inconfundível estádio pintado de azul e amarelo. É o La Bombonera, do Clube Atlético Boca Juniors, um dos times mais queridos da Argentina. O estádio assim se chama porque lembra o formato de uma caixa de bombons. Entramos no estádio e vimos que algumas pessoas já esperavam pela visita guiada e pela entrada no Museu de la Pasión Boquense, que abriga objetos que contam a história do clube. Preferimos não esperar porque, dentro de uma hora mais ou menos, chegaríamos a outro destino turístico muito popular: San Telmo, o bairro mais antigo da metrópole e muito conhecido por suas tradicionais casas de tango e por seus antiquários.

Emendamos o passeio com San Telmo porque era um domingo, dia da feira de antiguidade na Plaza Dorrego. Assim que cheguei a San Telmo e vi vários músicos tocando nas ruas, dando um tom todo especial ao bairro, percebi que ali era um reduto de artistas. Aproveitamos que estávamos no meio do caminho e visitamos rapidamente a Iglesia de Nuestra Señora de Belém. Depois, apreciamos a feira de antiguidade, bisbilhotamos o Mercado San Telmo (o mercado vende, além de frutas e verduras, antiguidades e artigos em geral, tais como roupas e souvenirs), visitamos a Galeria de La Inmaculada Concepcion, com peças de antiguidades muy lindas, e, por fim, almoçamos em uma casa de tango escolhida meio ao acaso, uma das muitas no bairro.

A casa de tango que fomos conferir se chama El Balcon <http://www.elbalcondelaplaza.com.ar/>, a qual me fez ver que o acaso muitas vezes pode ser a escolha certa. Lá os dançarinos convidavam as pessoas para subir ao palco e formar pares com eles. As cenas eram bem divertidas para as pessoas que arriscaram se expor e contagiantes para as que assistiam. Fiquei envergonhada no início (não sei dançar tango), por isso, não me candidatei a ficar debaixo dos holofotes. Depois de um tempo é que eu me senti mais encorajada, tendo visto que a maioria das pessoas sabia dançar tanto quanto eu. Mas resolvi deixar para lá, já que estava um pouquinho tarde para meu roteiro tão espremido. Contentei-me em encenar uma pose típica da dança ao lado de um dos dançarinos da casa.

A pressa de chegar ao próximo endereço—Recoleta—me fez decidir deixar para visitar alguns outros pontos de interesse em San Telmo em outro dia: o Parque Lezama, a Plaza Coronel Olazabál (onde fica a escultura Canto al Trabajo), a Iglesia Ortodoxa Rusa de la Santísima Trindad e a Pasaje San Lorenzo (onde há a Casa Mínima). Acabou que voltamos de viagem e não deu tempo de voltarmos a San Telmo. Há ainda outras atrações no bairro, dependendo do seu interesse. O Museo Histórico Nacional é uma delas.

Recoleta, então, foi a parada seguinte do roteiro, mas de parada a região não tem nada. Muito frequentada por jovens, Recoleta possui várias opções para o lazer, incluindo cinemas, restaurantes, feira de artesanato e até um cemitério! Isso mesmo, o Cementerio de la Recoleta, que data de 1822 (o mais antigo da cidade), é o ponto turístico mais famoso do bairro, pois é considerado um dos mais bonitos do mundo devido a seus imponentes mausoléus e majestosas obras de arte. Además, o cemitério abriga o túmulo da ex-primeira dama Eva Perón, venerada pelos argentinos. O bairro é muito movimentado também à noite, na região perto desse cemitério, mas eu o conheci somente de dia mesmo e foi o suficiente para sentir o ritmo pulsante do local.

Chegando à Recoleta, tiramos fotos em frente ao Centro Cultural Recoleta (o centro exibe exposições de arte e realiza eventos teatrais) e ao cemitério (nesse dia, só o vimos por fora porque tinha acabado de fechar). Entramos na Basílica de Nuestra Señora del Pilar (1733) e contemplamos o seu interior. Passamos no Village Recoleta, que é um centro comercial com lojas, restaurantes, cafés e cinemas (achei linda aquela escadaria que leva até as salas de cinema, toda coberta com carpete vermelho) e, em seguida, fomos ao Buenos Aires Design Center (fica tudo ali pertinho), onde encontramos muitas lojas especializadas em design e decoração, além de opções de gastronomia. Depois, chegamos ao Hard Rock Café, que, aliás, já virou uma visita obrigatória para mim nas cidades onde a casa existe.

Caminhando mais un poquito, alcançamos o monumento chamado Floralis Genérica, uma gigante flor de aço e alumínio que tem dado as boas-vindas desde 2002. Depois fomos ao Paseo de las Artesanias, uma pracinha do bairro, apreciar a feira de artesanato. Em seguida, andamos pela Avenida Alvear, vimos o elegante Hotel Alvear (que dizem servir um ótimo chá da tarde) e observamos as lojas chiques dessa avenida. Depois mais fotos, desta vez em frente ao bonito Monument a Carlos Pellegrini, que encontramos por acaso. Bom lembrar que, ainda na Recoleta, experimentei o sorvete da mais famosa sorveteria de Buenos Aires: a Freddo. Como falam muito bem do doce de leite do país vizinho, experimentei esse sabor. No início gostei, mas rapidinho enjoou e não aguentei tomar tudo.

Após muitas andanças na Recoleta (não deixe de observar a influência francesa nos prédios antigos do bairro e caminhe sem pressa pelas ruas arborizadas), finalmente pegamos um táxi para o hotel e, no caminho, vimos a fachada do sofisticado Hotel Four Seasons (todo mundo indica o brunch deste hotel aos domingos; es muy chic) assim como os bonitos prédios da Embaixada do Brasil e da Embaixada da França.

Para encerrar o longo dia, depois de um pequeno descanso no hotel, fomos comer na Avenida Corrientes, próxima ao hotel, e andamos até o Obelisco, na Plaza de la Republica, mais bonito iluminado à noite. Inaugurado em 1936, o Obelisco é o símbolo da cidade portenha e marca o lugar de grandes acontecimentos históricos e comemorações populares. Fica no centro da Avenida 9 de Julio, que muitos dizem ser a mais larga do mundo. Voltamos novamente pela Av. Corrientes e já era quase meia-noite, mas vimos vários restaurantes abertos (os argentinos jantam tarde, após às 21 horas) e lojas de conveniências que funcionam 24 horas. Nesta avenida, você encontra também cinemas e teatros. Ótimo destino noturno.

O que deixamos de fazer na Recoleta: visitar o Museo Nacional de Bellas Artes, com a mais importante coleção de arte do país, o Patio Bullrich, que é considerado o shopping mais chique da capital, e El Sanjuanino (Calle Posadas 1515), para experimentarmos as melhores empanadas (pastéis assados) da cidade num lugar super simples. A filial da Recoleta é a mais famosa. Eis o site da casa: http://www.elsanjuanino.com/. Quem sabe tudo isso e algo mais na próxima viagem?

19/01 — Centro e Retiro
Mais um longo dia começando. Caminhamos pela Avenida Corrientes e quando chegamos ao Obelisco vimos a Av. 9 de Julio bem mais movimentada do que no dia anterior, à noite. Depois, fomos para a Calle Florida, no Retiro, o centro comercial que nenhum turista deve deixar de conhecer e onde o tráfego de carros é proibido. Algumas comprinhas foram inevitáveis. São muitas lojas (de artigos de couro, roupas, calçados, souvenirs, etc.) e galerias. Lá você vai encontrar as Galerías Pacífico (esquina da Florida com Av. Córdoba, esta última também um excelente destino para compras), centro comercial que também não pode faltar no roteiro. Se fizer compras lá, não se esqueça de pegar cupons de desconto no próprio local. Os afrescos (da década de 1940) deste centro comercial são belíssimos. Conferimos as lojas da Calle Lavalle, também exclusiva para pedestres. Ainda no Retiro, fomos conhecer a Plaza San Martín, outro lugar de visita obrigatória. Lá você vai ver o Monumento a los Caídos en la Guerra de las Islas Malvinas de 1982 assim como a Torre Monumental, mais conhecida como Torre de los Ingleses, doada pelos britânicos à Argentina em 1916. Na praça, aproveite para tirar uma foto em frente ao bonito Monumento al Libertador General José San Martín. E, se durante ou depois de tudo isso você quiser tomar um bom chá da tarde, experimente o do Hotel Marriott, na Calle Florida, e me conte se gostou. Eu não tive a oportunidade, mas não faltaram recomendações. Mas, se estiver na hora do almoço, a boa pedida pode ser o restaurante muito conhecido dos portenhos, o El Palacio de La Papa Frita , na Calle Lavalle. Não experimentei, mas, pela tradição, deve ser muito bom.

Àquela altura, uma parada na cafeteria Havanna (há muitas espalhadas na cidade), ainda no bairro do Retiro, era mais do que merecida. Muitos consideram os alfajores de lá os melhores da Argentina. Gostamos tanto que até trouxemos algumas caixas para casa, inclusive para presentear.

Voltamos para o hotel e descansamos para o programa da noite, este já planejado há algumas semanas: show de tango tradicional no mais antigo e famoso café da capital argentina: Café Tortoni (Avenida de Mayo 825). Tínhamos feito a reserva com antecedência por e-mail (pagamos no local) e você deve fazer o mesmo porque o local é concorrido. Assistimos ao show Sensaciones de Tango no andar subterrâneo do Tortoni, onde também jantamos (refeições pagas à parte). Além da dança de tango, o show conta com música ao vivo (instrumentistas e cantor) e dança de boleadores. Eu adorei o show, só esperava curtir mais tempo de dança de tango. Para falar a verdade, não gostei muito da dança de boleadores, mas isso é só uma questão de gosto. O barulho daquelas bolas batendo no chão do palco por tanto tempo foi, para mim, um pouco irritante e ensurdecedor. Mas, valeu a pena? Claro que sim! Pagamos na época 70 pesos (por pessoa). Após o show, quem quiser pode conversar com os artistas do espetáculo.

Vale lembrar que o Café Tortoni, existente desde 1858, já foi frequentado por figuras ilustres, entre elas, o intérprete Carlos Gardel, um dos que fizeram o tango se tornar famoso mundialmente. Chegando ao Tortoni, foi inevitável querer conhecer seu interior. Adorei sua decoração nostálgica e seus belos vitrais coloridos. Não cheguei a experimentar o chá da tarde, mas, da próxima vez, farei questão de reservar um tempinho para provar o seu famoso chocolate con churros ou a típica sobremesa (que eles chamam de postre) portenha, leche merengada, hoje em dia só servida no Tortoni.

Todo turista que se preza não sai de Buenos Aires sem assistir a um show de tango. Há vários outros espetáculos de tango na cidade que também são muito famosos, como o do Bar Sur, conhecido por apresentar o tango tradicional e show intimista. Mas a entrada para lá é mais cara do que para o Tortoni. Na mesma época, o show no Bar Sur custava 150 pesos. E você já deve ter ouvido falar do show Señor Tango, mas este é um espetáculo à moda de Broadway. E é mais caro do que no Tortoni.

20/01 — Centro e Puerto Madero

Hoje o dia reservou muitas atrações, entre elas, a mais esperada: a Casa Rosada, sede da Presidência da República (não deixe de observar a sacada da Casa de onde Eva Perón se dirigia ao povo). Porém, como era mais próximo ao nosso hotel, o Palácio del Congreso Nacional foi a primeira do dia. O prédio é grandioso, com uma cúpula que se sobressai. Em frente fica a Plaza del Congreso, que exibe um lindo conjunto de esculturas com chafarizes na frente. Nesta praça, observamos o ponto de encontro de dois bichos: pombos (à busca de alimentos doados pelas pessoas que acham bonitinho andar por entre eles) e cães (levados por seus “passeadores”, cena comum em Buenos Aires). Perto desta praça, destaque também para um prédio bem antigo; impossível não percebê-lo: a Confitería del Moinho, de 1917. Veja aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085983.html

Após muitas fotos na Plaza del Congreso, nos dirigimos para a Avenida de Mayo e, depois, para a rua Perú, onde havia uma feira. Os artigos, principalmente bijuterias, ficavam expostos no chão, sob os olhares dos pedestres. Passamos pela feira e chegamos ao famoso café London City. Bateu uma fominha e entramos lá para comer umas empanadas. Depois, andamos mais um pouco (pela Av. de Mayo) e já podíamos avistar a Casa Rosada. A Casa fica em frente à Plaza de Mayo, talvez o principal ponto turístico de Buenos Aires, junto com o Obelisco. Mas foi na Plaza de Mayo, local que atrai manifestações públicas (você já ouviu falar nas “Madres de Plaza de Mayo”?) e ostenta a Estatua de la Liberdad e a Pirâmide de Mayo, onde encontrei muitos turistas. Não é à toa; além da Casa Rosada (com museu aberto à visitação), ao redor da praça você encontra outros pontos de muitíssimo interesse: a Catedral Metropolitana, El Cabildo (tem museu) e o Banco de la Nación Argentina. Só visitei um destes por dentro: a catedral, uma das mais lindas que já vi. Veja uma foto de seu interior aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087439.html.

Andamos bastante nas proximidades da Casa Rosada e, em seguida, fomos conhecer a primeira estação de metrô da cidade portenha: a estação Perú. Veja uma foto de seu interior clicando aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087518.html. Um dos funcionários de lá me informou que muita coisa mudou desde que a estação foi construída, mas que a boletería era a original. Veja na foto: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087525.html.

O Mercado de las Luces, em uma construção antiga, com um pátio e túneis, e a Farmacia de la Estrella, que existe desde o século 19 e ainda expõe frascos antigos de remédios, foram as visitas seguintes. Pertinho da farmácia, encontrei a Plazoleta de las Estatuas, uma praça com quatro esculturas representando a astronomia, a geografia, a navegação e a indústria. Mas, achei-as mal-conservadas. Veja duas dessas estátuas aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087562.html. Preferi ter conhecido a Basílica de San Francisco, mesmo que só por fora: <http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087549.html>. (Gostei de ver o Mercado de las Luces e a Farmacia de la Estrella, mas se você não tiver muito tempo na cidade, sugiro que não perca tempo com essas atrações.) Depois, seguimos de táxi para o endereço do Teatro Colón, este, sim, merece ser visitado (há visitas guiadas), pois é conhecido por possuir uma das melhores acústicas do mundo. Foi inaugurado em 1908 e é um dos principais pontos turísticos da cidade. Não tivemos a chance de conhecê-lo por dentro porque estava fechado para reformas. Na rua atrás do teatro, está localizado o Palacio de los Tribunales, muito bonito, logo vai chamar a sua atenção. Veja-o no link: <http://shw.reginamendes.fotopages.com/20087573.html>.

Depois de um pequeno descanso no hotel, pegamos um táxi, como de costume, e fomos conhecer o pequeno, badalado e mais novo bairro de Buenos Aires que se encontra entre quatro diques: Puerto Madero. Fundado em 1991, o bairro, que é ideal para ser frequentado à noite, é hoje resultado de um grande projeto urbanístico (o bairro era degradado). Agora você o vê totalmente revitalizado com cinemas e muitos restaurantes. Tínhamos a recomendação de comer no Siga La Vaca, mas, como não jantamos, preferimos fazer um lanchinho mesmo no McDonald’s de lá. E a sobremesa na sorveteria Freddo. Mas, antes, andamos pelos dois lados que margeiam o Río de La Plata (o mais largo do mundo), apreciamos o rio, e demos um pulo no cassino flutuante (Casino Buenos Aires). O cassino é um navio de quatro andares (buque Estrella de la Fortuna) sobre o rio, ali mesmo, no bairro. Não é ilegal jogar lá e a entrada é gratuita. À noite, ele é mais bonito porque fica todo iluminado. Só tiramos fotos do exterior do navio porque eles não permitem no interior. Você vai ter de deixar sua máquina na recepção. Jogamos um pouquinho e até ganhei um trocadinho.

Após a visita ao cassino, fomos atravessar a Puente de la Mujer (inaugurada em 2001). Retrátil, a ponte é o cartão-postal do bairro. Finalizamos nosso passeio pelo antigo porto da cidade batendo umas fotos em frente à Fuente de las Nereidas, uma linda escultura.

Em Puerto Madero, há também a Reserva Ecológica, com visitas guiadas, além de duas antigas fragatas (Corbeta Uruguay e Fragata Sarmiento) da Marinha que funcionam como museu.

Para ver uma foto do cassino, clique em: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085923.html

Para ver uma foto da Fuente de las Nereides, clique em: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085946.html

Para ver uma foto do Buquebus, que fica em Puerto Madero e é uma empresa de transporte que oferece traslados marítimos para o Uruguai, clique em: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085944.html

21/01 — Palermo e Centro
Começamos nosso dia palermitando, isto é, passeando pelo bairro mais extenso de Buenos Aires: Palermo. É o bairro verde dos portenhos, o pulmão da cidade como todos dizem, com seus bosques e parques. Pegamos o metrô na estação Callao com Córdoba e fomos até o Alto Palermo Shopping (Av. Santa Fé), na Estação Bulges. Muito bonito. Para ver uma foto do interior do shopping, clique aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085430.html.

Depois, fomos conhecer o Jardín Botánico (entrada gratuita) e ficamos meio decepcionados. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é bem mais bonito. O destino seguinte foi o Jardín Zoológico. Atravessamos o zoo (paga-se entrada) e vimos leões albinos, onça pintada, guepardo, tigre albino, lhamas, entre outros animais, e saímos na rua onde está localizado o Monumento de los Españoles, presente da Espanha. É também conhecido como Monumento a La Carta Magna y Las Cuatro Regiones Argertinas. Em seguida, andamos até o Jardín Japonés (paga-se entrada) e apreciamos a gruta, a ponte, as carpas, e os espelhos d’água.

Resolvemos almoçar em Palermo Hollywood, que tem esse nome devido aos seus estúdios de TV e fotografia. Mas a região também é conhecida por seus restaurantes de diferentes culinárias, tais como japonesa e italiana. Atravessamos uma via ferroviária para chegarmos a Palermo Soho, lugar boêmio, onde encontramos lojas, restaurantes e ateliês. Andamos por algumas ruas, entre elas, a Honduras. Foi onde vimos a famosa loja La Merceria, bem no coração de Palermo Viejo. A loja vende bolsas, chapéus e acessórios. Vi Palermo Soho vazio, acho que porque não era um fim de semana, quando o bairro é o ponto de encontro de turistas e portenhos. Confesso que esperávamos muito mais.

Para voltarmos ao hotel, pegamos um táxi e passamos por um dos prédios mais lindos de Buenos Aires. A construção atraiu logo o meu olhar. O motorista me explicou que aquele prédio suntuoso era El Palacio de las Aguas Corrientes.

Depois de um descanso no hotel, voltamos para a Av. 9 de Julio pela Av. Corrientes. À noite a Av. 9 de Julio, toda iluminada, lembra a Picaddily de Londres, como muitos comentam. Veja uma foto aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20102984.html

E para terminar a noite, andamos até a Confeteria Ideal, outro café tradicional da capital, onde foram gravadas algumas cenas do filme Evita com Madonna e Antonio Banderas. Mas já se encontrava fechada.

O que deixamos de ver em Palermo: o Planetário e o Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA).

22/01 — LujánA dúvida do dia anterior era se deveríamos ir hoje fazer um passeio pelo Tren de la Costa para chegar a San Isidro e ao Delta do Tigre, a estação terminal, ou nos aventurar nas jaulas de animais selvagens. Como a segunda opção oferecia uma diversão que jamais tínhamos vivido, ficamos com ela. E não nos arrependemos nem um pouco! Veja nosso passeio no link de fevereiro de 2009.

23/01 — Recoleta, Palermo e Abasto
Hoje fizemos tudo rapidinho, pois ainda pegaríamos o voo de volta para casa no fim da tarde. Para começar, voltamos ao Cementerio de la Recoleta, onde estão sepultadas importantes personalidades da Argentina. Visitei o túmulo de Eva Perón, que descansa no mausoléu da Família Duarte, mas demorei um pouco a encontrá-lo. Quando finalmente o localizei, fiquei surpresa em ver o quão simples era se comparado a outros do cemitério. Veja uma foto aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20082809/Aqui-est-sepultada-Eva-Peron.html. Apesar dos belos monumentos do cemitério, esse foi um tipo de programa que não fez minha cabeça, mas, como turista que sou, não poderia deixar de ver essa tão recomendada atração.

Pegamos um táxi e pedimos para nos deixar no Parque Tres de Febrero. O taxista ficou na dúvida, mas quando disse que era o Parque Palermo, ele logo entendeu. Os portenhos o conhecem mais por esse segundo nome, ou ainda por Los Bosques de Palermo. Lá vimos um grande espaço verde que conta com uma pista para correr, lagoas com patinhos (é possível fazer passeio de barco em uma delas) e um lindo parque chamado El Rosedal. Lindo sem exagero. Há uma ponte, Puente Griego, que atravessa uma lagoa que é muito bonita. Há também o Patio Andaluz, um cantinho bom para conversar, ler ou mesmo meditar.

Ainda tivemos tempo de ir ao Shopping Abasto, o maior da cidade, para almoçar. Achamos o shopping lindo, bem grande e estiloso, mas acredita que o guardinha de lá não me deixou tirar fotos do interior? As poucas fotos que eu consegui tirar não ficaram boas. Está localizado na Av. Corrientes, 3.200, no bairro Abasto. Veja várias fotos deste shopping no site: http://www.abasto-shopping.com.ar/elShopping.asp#info.

Enfim, deixamos a capital portenha depois de muitas boas surpresas. Adoramos a experiência de conhecer a casa de nossos queridos hermanos!

Mais alguns comentários:

— Andamos muito a pé e, quando queríamos ganhar tempo, pegávamos um táxi. Não achamos o táxi tão barato quanto pensávamos, mas, com certeza, é um meio de transporte que vale a pena usar bastante na cidade. Procure pegar somente rádio táxi, pois é mais seguro. Já li muitas histórias desagradáveis envolvendo motoristas de táxi em Buenos Aires.

— Andamos algumas vezes de subte (metrô), meio de transporte que te leva a vários lugares. Veja a foto do interior de uma estação de subte clicando aqui: http://shw.reginamendes.fotopages.com/20085490.html

— Não pense que vai encontrar tudo barato na capital argentina, como comida e roupas. A inflação chegou lá também.

— Andamos somente uma vez de collectivo, ou seja, ônibus, que, diga-se de passagem, é uma invenção argentina.

— Se desejar visitar uma tradicionalíssima casa de tango, vá a San Telmo e entre no El Viejo Almacén.

— Se você se interessa pela vida de Eva Perón, visite o Museo Evita, em Palermo.

— Já ouviu falar em Palermo Chico? É a região das residências dos endinheirados. O MALBA, por exemplo, fica lá.

— Impossível deixar de notar as livrarias portenhas. Dica de uma livraria considerada uma das melhores: El Ateneo, na Av. Santa Fé, 1860, em um antigo cinema.

— A Av. Santa Fé também é uma ótima região para realizar compras.

— Tá podendo muito? Hospede-se no Alvear Palace, Four Seasons, ou no Faena Hotel.

— Quanto ao verão em Buenos Aires? Muy caliente! Mas igual ao do Rio de Janeiro.

— Outras ótimas sorveterias da cidade: Persicco e Un’Altra Volta.

— Palermo Viejo = Palermo Hollywood e Palermo Soho.

Milongas são casas que apresentam shows e oferecem aulas de tango, frequentadas não só por turistas, mas também por portenhos.

— Casa famosa para comer asado (churrasco): Asador Criollo, na 9 de Julio.

— Ficamos hospedados no Sarmiento Palace, hotel 3 estrelas. De lá, são uns 15 a 20 minutos andando até o Obelisco. Gostamos do hotel; é compatível com sua categoria. Site: http://www.hotelsarmiento.com.ar/

Algumas palavras em espanhol para você não ficar embaraçado. Mas, lembre que, se você for mulher e não entender alguma palavra em espanhol, não diga que está embarazada, pois eles vão pensar que você disse estar “grávida”:

Medialunas = croissant (experimente com doce de leite ou manteiga)
Morcillas = chouriço
Almendrado = sorvete de sabor crocante
Papas fritas = batatas fritas
Propina = gorjeta (geralmente 10% do valor da conta em cafés e restaurantes)
Desayuno = café da manhã
Cena = jantar
Vaso = copo
Taza = xícara
Bife de chorizo = contra-filé
Bife de costilla = costela
Bife de lomo = filé mignon
Tapa de cuadril = picanha
Parrillada = churrasco
Pollo = frango
Jamón = presunto
Gaseosa = refrigerante
Helado = sorvete
Cortado = café com um pouco de leite
Soda = água com gás
Submarino = barra de chocolate mergulhado no leite quente

Sites de interesse:
http://www.turismo.gov.ar/
http://www.bue.gov.ar/

Clique aqui para ver nossa segunda viagem a Buenos Aires.

Clique para ver mais fotos de

La Boca:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1794196

San Telmo:
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Recoleta:
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Retiro:
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Puerto Madero:
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Centro:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1793272

Café Tortoni:
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Jardín Zoológico:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1792909

Jardín Botánico:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1792917

Jardín Japonés:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1792897

El Rosedal:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1792879

Hotel Sarmiento Palace:
http://reginamendes.fotopages.com/?entry=1792889



Boa viagem à Europa da América do Sul!